Pobreza e mercados no Brasil
Incluye Bibliografía
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Autor principal: | |
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Otros Autores: | |
Formato: | Texto |
Lenguaje: | Portuguese |
Publicado: |
CEPAL
2014
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Materias: | |
Acceso en línea: | http://hdl.handle.net/11362/28343 |
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oai-11362-283432020-03-04T19:57:23Z Pobreza e mercados no Brasil Arbache, Jorge Saba Reino Unido. Department for International Development NU. CEPAL. Oficina de Brasilia MITIGACION DE LA POBREZA POBREZA POLITICA SOCIAL PROGRAMAS DE AYUDA AID PROGRAMMES POVERTY MITIGATION POVERTY SOCIAL POLICY Incluye Bibliografía O conhecimento sobre a relação entre pobreza, miséria e os mercados dos quais os pobres fazem parte é bastante limitado na literatura econômica brasileira. A investigação sobre a pobreza concentra-se em questões como as suas causas, distribuição espacial, conceitos e linhas de pobreza, perfil do pobre, dentre outros assuntos, e menos nas questões associadas à natureza e funcionamento dos mercados em que os pobres estão inseridos. De um lado, essa deficiência parece ter relação com as políticas sociais e de combate à pobreza que predominaram no país por muitas décadas, as quais se baseavam em medidas compensatórias e assistenciais. De outro lado, a limitação da literatura parece estar associada à visão predominante de que o fim da pobreza seria um subproduto do crescimento econômico. Esse entendimento levou os políticos e formuladores de política a terem uma visão passiva e tolerante com a pobreza, focando suas políticas em medidas que levariam ao crescimento da economia. Alguns fatos estilizados sobre a pobreza no Brasil: em 1999, 34% da população total era pobre e 14,5% era indigente; 45% dos indigentes são menores de 15 anos de idade; cerca de 58% das famílias pobres são chefiadas por trabalhadores autônomos, empregados informais ou sem remuneração; a pobreza está concentrada nas áreas rurais, pequenas cidades e em estados da região nordeste e norte do país; a incidência de pobreza e indigência na área rural é duas vezes superior à da área urbana; o desemprego cresceu de 4,5% em 1990, para 11,4% em 1999; nos últimos anos, o volume de gastos sociais no Brasil chegou a 21% do PIB; menos de ¼ dos gastos sociais são despendidos com os indivíduos realmente pobres; os 10% mais elevados benefícios previdenciários se apropriam de quase metade da massa de benefícios distribuídos que, por sua vez, consomem quase metade do orçamento social consolidado brasileiro; os índices de desigualdade de renda e de salários no Brasil estão entre os mais elevados do mundo, e é o mais elevado da América Latina; os 10% mais ricos detêm cerca de 50% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres detêm menos de 10% da renda; os indicadores de distribuição de renda mantiveram-se elevados estáveis ao longo das duas últimas décadas; mais de 80% da população mundial vive com renda per capita inferior à brasileira. Esses fatos sugerem que a pobreza no Brasil está bastante associada à péssima distribuição de renda, está concentrada entre crianças e trabalhadores em atividades informais e em regiões menos desenvolvidas. A persistência e até aumento da pobreza e da desigualdade de rendas nas últimas décadas levou à crescentes questionamentos sobre os diagnósticos da pobreza e eficácia das políticas sociais, o que deu escopo a uma nova agenda de pesquisas sobre a pobreza. Essa agenda levou à formulação de novas políticas sociais, as quais baseiam-se numa visão muito mais complexa e integrada sobre a pobreza e propõe formas alternativas de combatê-la, indo além das ações compensatórias e do crescimento da economia. É nesse contexto que aparecem, ainda que de forma incipiente, discussões sobre os mercados dos pobres e sua integração com o restante da economia. Este documento procura fazer um breve apanhado do conhecimento sobre a pobreza no Brasil apresentando os tópicos que ganharam mais destaque na literatura. Apresentamos e discutimos, ainda, os novos diagnósticos, políticas e ações sociais de combate à pobreza, procurando enfatizar as que mais se preocuparam com o mercado em que os pobres estão inseridos. 2014-01-02T23:36:58Z 2014-01-02T23:36:58Z 2003-03 Texto Documento Completo http://hdl.handle.net/11362/28343 LC/BRS/R.135 pt application/pdf BRASIL BRAZIL CEPAL |
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