Shoah, de Claude Lanzmann
Este artigo objetiva mobilizar algumas categorias importantes para analisar o documentário Shoah, dirigido por Claude Lanzmann e lançado nos cinemas em 1985. A estruturação do filme se dá por meio das interações realizadas entre o documentarista e os atores sociais, que integram a relação tripartit...
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Autor principal: | |
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Formato: | article |
Lenguaje: | PT |
Publicado: |
Universidade Estadual de Campinas
2021
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://doaj.org/article/02f10963fdfc48c78efc04524e0d44be |
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Sumario: | Este artigo objetiva mobilizar algumas categorias importantes para analisar o documentário Shoah, dirigido por Claude Lanzmann e lançado nos cinemas em 1985. A estruturação do filme se dá por meio das interações realizadas entre o documentarista e os atores sociais, que integram a relação tripartite – vítimas, perpetradores e testemunhas oculares – discutida pelo historiador americano Raul Hilberg. Embora o filme convoque entrevistados que participam das três categorias, nosso artigo privilegiará aqueles que pertencem à condição de vítimas. O que iremos observar é a relação existente entre a enunciação fílmica pautada pela rememoração do trauma, junto às categorias da melancolia e do luto. Discutiremos se os sobreviventes dos campos de extermínio, que participam do documentário, podem ser pensados como sujeitos melancólicos, acionando uma categoria subjetiva trabalhada por Giorgio Agamben (2008), a saber, o muçulmano. Além disso, problematizaremos o equacionamento existente entre o trabalho de luto e a perlaboração do passado, tomando como ponto de partida o acionamento do dever de transmissão dos retornantes.
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