A centralidade do trabalho que interessa
O objetivo deste artigo é resgatar a centralidade do trabalho em Marx, demonstrando que a mesma comporta, ao lado de sua dimensão positiva, uma dimensão estritamente negativa. Do nosso ponto de vista, o resgate desta ambivalência é essencial para a crítica de duas perspectivas formalmente antagônica...
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Autor principal: | |
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Formato: | article |
Lenguaje: | EN PT |
Publicado: |
Universidade de São Paulo
1996
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://doaj.org/article/04e5751d49da4039a497a5fc9a42877b |
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Sumario: | O objetivo deste artigo é resgatar a centralidade do trabalho em Marx, demonstrando que a mesma comporta, ao lado de sua dimensão positiva, uma dimensão estritamente negativa. Do nosso ponto de vista, o resgate desta ambivalência é essencial para a crítica de duas perspectivas formalmente antagônicas - a catastrofista e a ufanista - do processo contemporâneo de negação do trabalho. A despeito da aprovação que estas duas perspectivas vêm recebendo de distintos públicos, elas são igualmente equivocadas e simplistas. Em particular, ambas mostram não entender que se o padrão contemporâneo de absorção e controle do trabalho debilita a organização operária, ele simultaneamente aprofunda a crise capitalista de sociabilidade. E ao subestimar este aspecto, o que ambas as perspectivas deixam de perceber é que a crise contemporânea está reatualizando a discussão em torno da possibilidade de superação da propriedade privada.
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