Hayek e a racionalidade econômica: entre o instituto e a razão

O objetivo deste texto é mostrar que a racionalidade econômica exige a consideração de um terceiro domínio de fenômenos e objetos sociais, nem instintivos na origem nem o resultado da invenção consciente ou construção propositada: o domínio das estruturas evolucionadas e auto regulantes s da socled...

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Main Author: José Manuel Lopes da Silva Moreira
Format: article
Language:EN
PT
Published: Universidade de São Paulo 1990
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Online Access:https://doaj.org/article/06a6ae13274b47c88d162e3e25b4eaaf
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Summary:O objetivo deste texto é mostrar que a racionalidade econômica exige a consideração de um terceiro domínio de fenômenos e objetos sociais, nem instintivos na origem nem o resultado da invenção consciente ou construção propositada: o domínio das estruturas evolucionadas e auto regulantes s da socledade através da seleção 'natural' das normas de ação e percepção. Um domínio (entre o instinto e a razão) que é sistematicamente negligenciado pela corrente dominante nas ciências sociais: a ordem espontânea. Na verdade, para Hayek, a ordem do nosso meio social só parcialmente e o resultado do desígnio humano. É precisamente à tentação de ver tudo como produto intencionado da ação humana que Hayek chama a presunção fatal. Uma presunção fatal que desconhece que o ponto de vista de que nem toda a ordem que resulta do inter-jogo das ações humanas é resultado do desígnio humano é, de fato, o começo da teoria social.