Discriminação e Anti-Discriminação na Espanha: O caso das mulheres muçulmanas
Nos últimos quinze anos, a Espanha tem experimentado um forte incremento da população imigrante, na qual se destaca um importante percentual de muçulmanos magrebinos. Paralelamente, desde os finais do franquismo, tem-se observado em cidades andaluzas como Granada e Córdoba uma tendência de conversão...
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Autor principal: | |
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Formato: | article |
Lenguaje: | EN ES FR PT |
Publicado: |
Universidade Federal do Paraná
2005
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://doaj.org/article/12a76bcef04c429682d80d512308f484 |
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Sumario: | Nos últimos quinze anos, a Espanha tem experimentado um forte incremento da população imigrante, na qual se destaca um importante percentual de muçulmanos magrebinos. Paralelamente, desde os finais do franquismo, tem-se observado em cidades andaluzas como Granada e Córdoba uma tendência de conversão ao Islã por parte da população autóctone. Ambos os fenômenos se fazem acompanhar por atitudes anti-muçulmanas e anti-mouras, que refletem diferentes dimensões de discriminação disseminadas em amplos setores da opinião pública espanhola e que se articulam sobretudo em estereótipos e atitudes historicamente arraigados esgrimidos frente às mulheres muçulmanas, tanto imigrantes quanto convertidas. Neste artigo, tomamos o estudo de caso da discriminação contra as mulheres muçulmas para, em primeiro lugar, contextualizar o incipiente debate sobre discriminação e anti-discriminação dentro de dois marcos conceptuais específicos: o multiculturalismo e as políticas de identidade, de um lado; e as políticas públicas da diferença, de outro. Em segundo lugar analisamos o caso etnográfico mencionado, para finalmente esboçar o surgimento das atuais políticas estatais anti-discriminação na Espanha e em nível europeu. |
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