A Questão da Agência em Redes Acadêmicas de Pesquisa: Centralidade, Produtividade e Escolha Preferencial

No presente artigo, investigamos o papel da agência na construção do conhecimento científico com base em pressupostos do estruturacionismo. Para tanto, a noção de agência foi empiricamente tratada a partir da análise de redes sociais, tendo como indicadores a centralidade, produtividade e escolha pr...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Luciano Rossoni, Edson Ronaldo Guarido Filho, Clóvis L. Machado-da-Silva
Formato: article
Lenguaje:ES
PT
Publicado: Universitat Autònoma de Barcelona 2010
Materias:
H
Acceso en línea:https://doaj.org/article/1ec6f56754d34166a448e454a653a3c1
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Sumario:No presente artigo, investigamos o papel da agência na construção do conhecimento científico com base em pressupostos do estruturacionismo. Para tanto, a noção de agência foi empiricamente tratada a partir da análise de redes sociais, tendo como indicadores a centralidade, produtividade e escolha preferencial de pesquisadores do campo da pesquisa na área dos estudos organizacionais e da estratégia em organizações no Brasil. Foram considerados 2.332 artigos entre os anos de 1997 e 2005, por meio dos quais analisamos 2.072 pesquisadores. Destacamos o papel de alguns deles, classificados como continuantes, para avaliar mais detalhadamente indicadores estruturais, além da trajetória de sua produção acadêmica. Nossos achados permitem afirmar que não somente a estrutura social apresenta dualidade, condicionando e habilitando a ação, mas também a própria capacidade de agência. Vista correntemente na literatura como potencialmente transformadora, ela também condiciona a ação dos agentes, pois suas capacidades projetivas tendem a ser guiadas por condutas do passado, no sentido de vincular suas ações à trajetória social e intelectual vivida no campo, podendo acarretar maior conformidade e habitualidade na pesquisa. Denominamos esse fenômeno como paradoxo da capacidade de agência, pois a mesma via que habilita a ação também a limita cognitivamente.