A economia da pecuária na Amazônia oriental
Este trabalho é uma simulação econômica de operações pecuárias em grande escala na Bacia Amazônica, as quais receberam linhas de crédito subsidiado e incentivos fiscais de vários tipos. Nosso estudo analisa a lucratividade de operações de bovinocultura sob quatro tecnologias de produção, sob preços...
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Formato: | article |
Lenguaje: | EN PT |
Publicado: |
Universidade de São Paulo
1988
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://doaj.org/article/246c091c9b984fa6b9ade32c1339cd34 |
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Sumario: | Este trabalho é uma simulação econômica de operações pecuárias em grande escala na Bacia Amazônica, as quais receberam linhas de crédito subsidiado e incentivos fiscais de vários tipos. Nosso estudo analisa a lucratividade de operações de bovinocultura sob quatro tecnologias de produção, sob preços variáveis de insumos e produtos e a diferentes taxas de valorização da terra. O desenvolvimento da infra-estrutura e o comprometimento do governo brasileiro em integrar a regiao à economia nacional produziu uma alta generalizada nos preços das terras, contribuindo para uma dinâmica especulativa que caracterizou os mercados de terra brasileiros ao longo dos últimos vinte anos.
Este estudo demonstra haver muitas condições sob as quais o investimento em pecuária na Amazônia pode ser lucrativa, embora a maioria dos cenários envolva sobrepastejo, subsídios, preços altos para o gado e baixos para os insumos, valorização da terra ou ainda combinações de todas essas condições. O que mais se destaca na simulação é o fato de o sobrepastejo ser a mais lucrativa estratégia de produção na maior parte dos cenários considerados, em virtude do rápido declínio da produtividade das pastagens na Amazônia. Estes resultados tern duas importantes implicações: primeira, que a pecuaria pode expandir-se e ser lucrativa mesmo sem subsídios, sob certos preços do produto e/ou através de uma estrat´égia de contínuo desflorestamento e sobrepastejo: segunda, que a lucratividade do investimento é aumentada em meio a contextos de maior utilização de insumos e maior produção, marcados pela presença de subsídios e/ou valorização da terra.
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