O luto como funcionamento de linguagem

Neste artigo, tomamos luto como discurso, configurando-se como efeito de sentido produzido no e pelo funcionamento da linguagem. Assim procedendo, questionamos como a significação de luto se movimenta, ganha direções ao materializar relações com outro(s) sentido(s), o que torna visível, discursivam...

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Autores principales: Eduardo Alves Rodrigues, Carmen Agustini, Luiza Castello Branco
Formato: article
Lenguaje:PT
Publicado: Universidade Estadual de Campinas 2021
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/2e015813580741c3b31101c834a2d4f7
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spelling oai:doaj.org-article:2e015813580741c3b31101c834a2d4f72021-11-30T14:03:30ZO luto como funcionamento de linguagem10.20396/cel.v63i00.86652102447-0686https://doaj.org/article/2e015813580741c3b31101c834a2d4f72021-11-01T00:00:00Zhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8665210https://doaj.org/toc/2447-0686 Neste artigo, tomamos luto como discurso, configurando-se como efeito de sentido produzido no e pelo funcionamento da linguagem. Assim procedendo, questionamos como a significação de luto se movimenta, ganha direções ao materializar relações com outro(s) sentido(s), o que torna visível, discursivamente, o sentido de luto como não-um, ponto de possíveis articulações discursivas – relações de sustentação no/do fio discursivo – e latitudes discursivas – relações de distensão-(re)arranjo no/do fio discursivo. É por essas articulações e latitudes que o não-um sentido de luto constitui-se como metáfora e, dessa maneira, estrutura a e se estrutura pela produção de discursividades que significam diferentes formações sociais em direções diversas. Para lermos como a metáfora luto produz derivas, expomo-la, metodologicamente, a outras, como a do espelho – "uma imagem (que é) perturbad(or)a" – e a do sufocamento – "não é possível respirar". Compreendemos, assim, como o não-um sentido de luto funciona convocando relações que historicizam diferentes modos de "estar em luto", isto é, diferentes modos de (re)produzir o jogo da presença-ausência na e pela linguagem que determinam certos movimentos de identificação simbólica no e para o sujeito. Eduardo Alves RodriguesCarmen AgustiniLuiza Castello BrancoUniversidade Estadual de CampinasarticleLutoMetáforaDiscursoPhilology. LinguisticsP1-1091French literature - Italian literature - Spanish literature - Portuguese literaturePQ1-3999PTCadernos de Estudos Lingüísticos, Vol 63, Iss 00 (2021)
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description Neste artigo, tomamos luto como discurso, configurando-se como efeito de sentido produzido no e pelo funcionamento da linguagem. Assim procedendo, questionamos como a significação de luto se movimenta, ganha direções ao materializar relações com outro(s) sentido(s), o que torna visível, discursivamente, o sentido de luto como não-um, ponto de possíveis articulações discursivas – relações de sustentação no/do fio discursivo – e latitudes discursivas – relações de distensão-(re)arranjo no/do fio discursivo. É por essas articulações e latitudes que o não-um sentido de luto constitui-se como metáfora e, dessa maneira, estrutura a e se estrutura pela produção de discursividades que significam diferentes formações sociais em direções diversas. Para lermos como a metáfora luto produz derivas, expomo-la, metodologicamente, a outras, como a do espelho – "uma imagem (que é) perturbad(or)a" – e a do sufocamento – "não é possível respirar". Compreendemos, assim, como o não-um sentido de luto funciona convocando relações que historicizam diferentes modos de "estar em luto", isto é, diferentes modos de (re)produzir o jogo da presença-ausência na e pela linguagem que determinam certos movimentos de identificação simbólica no e para o sujeito.
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