O gênero AU

Os gêneros do discurso, assim como outros aspectos da experiência humana, se modificam e complexificam ao longo do tempo. As tecnologias digitais e a multimodalidade vêm transformando, por exemplo, a forma de produzir e consumir literatura na contemporaneidade. Neste contexto, a cultura de fã, que...

Descripción completa

Guardado en:
Detalles Bibliográficos
Autores principales: Brenda Grandini Caetano, Antonio Andrade
Formato: article
Lenguaje:ES
PT
Publicado: Universidade Federal de Santa Catarina 2021
Materias:
AU
Acceso en línea:https://doaj.org/article/304e4fff5ee141b0b60e6dbddab42306
Etiquetas: Agregar Etiqueta
Sin Etiquetas, Sea el primero en etiquetar este registro!
Descripción
Sumario:Os gêneros do discurso, assim como outros aspectos da experiência humana, se modificam e complexificam ao longo do tempo. As tecnologias digitais e a multimodalidade vêm transformando, por exemplo, a forma de produzir e consumir literatura na contemporaneidade. Neste contexto, a cultura de fã, que se configura como uma cultura de convergência, abarca produções estéticas de diversos grupos de fãs, realizadas a partir do diálogo com produtos já existentes na indústria cultural. Tais grupos, que se caracterizam como comunidades discursivas, criam novas textualidades multimodais de caráter ficcional, como as que se apresentam sob a rubrica de AU (Alternative Universe). Este artigo tem por objetivo discutir aspectos deste novo gênero da cultura de fã, que, a nosso ver, diferentemente do que se pensa, não está subordinado ao gênero fanfic. Para isto, analisa-se aqui uma AU Larry (shipp dos cantores Harry Styles e Louis Tomlinson) intitulada “Nº 309”, buscando-se refletir sobre questões ligadas à estrutura composicional, ao conteúdo temático e ao estilo do gênero, sob uma perspectiva bakhtiniana. Outros conceitos como os de multimodalidade, literatura pós-autônoma e multidões queer são também mobilizados a fim de apoiar a discussão em torno desse gênero inovador.