O gênero AU
Os gêneros do discurso, assim como outros aspectos da experiência humana, se modificam e complexificam ao longo do tempo. As tecnologias digitais e a multimodalidade vêm transformando, por exemplo, a forma de produzir e consumir literatura na contemporaneidade. Neste contexto, a cultura de fã, que...
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Universidade Federal de Santa Catarina
2021
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oai:doaj.org-article:304e4fff5ee141b0b60e6dbddab423062021-11-10T19:34:52ZO gênero AU10.5007/1807-9288.2021.e813841807-9288https://doaj.org/article/304e4fff5ee141b0b60e6dbddab423062021-11-01T00:00:00Zhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/textodigital/article/view/81384https://doaj.org/toc/1807-9288 Os gêneros do discurso, assim como outros aspectos da experiência humana, se modificam e complexificam ao longo do tempo. As tecnologias digitais e a multimodalidade vêm transformando, por exemplo, a forma de produzir e consumir literatura na contemporaneidade. Neste contexto, a cultura de fã, que se configura como uma cultura de convergência, abarca produções estéticas de diversos grupos de fãs, realizadas a partir do diálogo com produtos já existentes na indústria cultural. Tais grupos, que se caracterizam como comunidades discursivas, criam novas textualidades multimodais de caráter ficcional, como as que se apresentam sob a rubrica de AU (Alternative Universe). Este artigo tem por objetivo discutir aspectos deste novo gênero da cultura de fã, que, a nosso ver, diferentemente do que se pensa, não está subordinado ao gênero fanfic. Para isto, analisa-se aqui uma AU Larry (shipp dos cantores Harry Styles e Louis Tomlinson) intitulada “Nº 309”, buscando-se refletir sobre questões ligadas à estrutura composicional, ao conteúdo temático e ao estilo do gênero, sob uma perspectiva bakhtiniana. Outros conceitos como os de multimodalidade, literatura pós-autônoma e multidões queer são também mobilizados a fim de apoiar a discussão em torno desse gênero inovador. Brenda Grandini CaetanoAntonio AndradeUniversidade Federal de Santa CatarinaarticleAUGênero discursivoMultimodalidadeLiteratura pós-autônomaMultidões queerCommunication. Mass mediaP87-96Literature (General)PN1-6790ESPTTexto Digital, Vol 17, Iss 2 (2021) |
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AU Gênero discursivo Multimodalidade Literatura pós-autônoma Multidões queer Communication. Mass media P87-96 Literature (General) PN1-6790 Brenda Grandini Caetano Antonio Andrade O gênero AU |
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Os gêneros do discurso, assim como outros aspectos da experiência humana, se modificam e complexificam ao longo do tempo. As tecnologias digitais e a multimodalidade vêm transformando, por exemplo, a forma de produzir e consumir literatura na contemporaneidade. Neste contexto, a cultura de fã, que se configura como uma cultura de convergência, abarca produções estéticas de diversos grupos de fãs, realizadas a partir do diálogo com produtos já existentes na indústria cultural. Tais grupos, que se caracterizam como comunidades discursivas, criam novas textualidades multimodais de caráter ficcional, como as que se apresentam sob a rubrica de AU (Alternative Universe). Este artigo tem por objetivo discutir aspectos deste novo gênero da cultura de fã, que, a nosso ver, diferentemente do que se pensa, não está subordinado ao gênero fanfic. Para isto, analisa-se aqui uma AU Larry (shipp dos cantores Harry Styles e Louis Tomlinson) intitulada “Nº 309”, buscando-se refletir sobre questões ligadas à estrutura composicional, ao conteúdo temático e ao estilo do gênero, sob uma perspectiva bakhtiniana. Outros conceitos como os de multimodalidade, literatura pós-autônoma e multidões queer são também mobilizados a fim de apoiar a discussão em torno desse gênero inovador.
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