A “luta” e as (in)verdades de conjuntura, a independência de São Tomé e Príncipe e a amputação das liberdades dos são-tomenses

Este texto tenta abordar o modo como a “luta” pela independência de São Tomé e Príncipe se constituiu numa narrativa inquestionada – aliás, não foi narrada por ter pouco que contar e por convir calar o que era sabido por alguns e intuído pelos ilhéus entrementes desapossados de voz –, mas com impli...

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Autor principal: Augusto Nascimento
Formato: article
Lenguaje:EN
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Publicado: Universidade do Estado de Santa Catarina 2021
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Acceso en línea:https://doaj.org/article/3543f151a7464268a58dd8430d2e7ef0
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Sumario:Este texto tenta abordar o modo como a “luta” pela independência de São Tomé e Príncipe se constituiu numa narrativa inquestionada – aliás, não foi narrada por ter pouco que contar e por convir calar o que era sabido por alguns e intuído pelos ilhéus entrementes desapossados de voz –, mas com implicações políticas, entre elas, a aceitação do domínio de uns tantos sobre a maioria. A aliciante disrupção da “luta” a destempo após o 25 de Abril turvou a racionalidade, eliminou as possibilidades de escolha e, na circunstância, contribuiu para a gestação de novas dominações, independentemente da alegria do momento da independência e da certeza da mais que provável vitória do MLSTP se tivesse havido um referendo ou eleições sobre o rumo do arquipélago. Palavras-chave: São Tomé e Príncipe; colonialismo; independência; conhecimento histórico.