O mecanismo da mais valia relativa

Em discussão recente com Fine (2009) Lebowitz (2003, 2010) argumenta que a teoria da mais valia relativa de Marx é inadequada porque toma a cesta de meios de consumo necessários à reprodução da força de trabalho como fixa. Uma vez abandonada essa hipótese, se o salário nominal não se reduz o aumento...

Descripción completa

Guardado en:
Detalles Bibliográficos
Autor principal: Francisco Paulo Cipolla
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Universidade de São Paulo 2014
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/3657b795f83a4348b72c7cd2dbe22cff
Etiquetas: Agregar Etiqueta
Sin Etiquetas, Sea el primero en etiquetar este registro!
Descripción
Sumario:Em discussão recente com Fine (2009) Lebowitz (2003, 2010) argumenta que a teoria da mais valia relativa de Marx é inadequada porque toma a cesta de meios de consumo necessários à reprodução da força de trabalho como fixa. Uma vez abandonada essa hipótese, se o salário nominal não se reduz o aumento da produtividade se traduz apenas numa ampliação do consumo dos trabalhadores. Na sua opinião é necessário considerar que o progresso técnico não tem como objetivo único diminuir o valor das mercadorias mas também o de enfraquecer a capacidade de resistência da classe como um todo. Somente a compreensão de que o progresso técnico é uma arma da luta de classe pode-se conceber a redução dos salários nominais como processo simultâneo ao barateamento das mercadorias. Este artigo procura explorar possibilidades alternativas para a efetivação da mais valia relativa independentemente da redução dos salários monetários. Para tal analisam-se os possíveis efeitos do aumento da produtividade na produção de ouro, assim como os possíveis efeitos de desvalorizações do padrão de preço.