Futebol, paixão e política na torcida militante do Club Atlético River Plate

O artigo resume um estudo de caso das práticas de torcedores militantes do Clube Atlético River Plate entre os anos 1996 e 2013, com o objetivo de saber a respeito de seus sentidos e motivações, centralmente em duas dimensões, as do tipo emocionais e as de caráter político. O caso é abordado em dupl...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Rodrigo Daskal
Formato: article
Lenguaje:EN
ES
PT
Publicado: Universidade Estadual de Montes Claros 2021
Materias:
Acceso en línea:https://doi.org/10.32887/issn.2527-2551v18n2p.17-44
https://doaj.org/article/377d9ef98d5a4c4daaf4a54419afc041
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Descripción
Sumario:O artigo resume um estudo de caso das práticas de torcedores militantes do Clube Atlético River Plate entre os anos 1996 e 2013, com o objetivo de saber a respeito de seus sentidos e motivações, centralmente em duas dimensões, as do tipo emocionais e as de caráter político. O caso é abordado em duplo nível: o sentido emocional, relacionado às suas ações nos dias de jogos de futebol do time principal – especialmente na chamada fiesta em la tribuna, nos dizeres nativos-, em segundo lugar, desde a passagem de alguns desses torcedores de futebol até a militância institucional e política no clube, a fim de se tornarem, nele, atores políticos. No desenvolvimento se aprofunda no modelo tradicional dos clubes da Argentina enquanto associações civis sem fins lucrativos, como parte do capital social e da sociabilidade, e nas particularidades históricas, políticas e institucionais do Club Atlético River Plate, a fim de descrever e analisar a militância futebolística destes torcedores do ponto de vista de seu torcer e pertencimento à cultura "do torcedor apaixonado" e, a partir daí, em direção à arena política de afiliação ao clube. O processo desenvolve uma série de especificidades com relação às suas atividades militantes e aos vínculos com outros atores da configuração futebolística como dirigentes, barras bravas, e outros torcedores do clube, logo após a crise política nacional dos anos 2001 e 2002, e antes do processo aberto em 2003 – aprofundado a partir de 2008 – de abertura à militância política por parte de grupos de jovens e adolescentes. Se discute se suas práticas emocionais implicam determinados valores comunitários, para concluir que o futebol e a ação cumprem neles uma função social integradora identitária e simbólica, capaz de congregar e recriar um sentimento de comunidade misto, não necessariamente em termos de resistência ao individualismo moderno, mas, em termos de um coletivo emocional que os consolida enquanto identidade social.