Influência do local da anastomose (cervical ou torácica) na morbi-mortalidade das esofagectomias
Objetivo: avaliar a influência do local da anastomose (cervical ou torácica) nas complicações pós-operatórias e mortalidade das esofagectomias com linfadenectomia em dois campos. Métodos: Estudo retrospectivo de 132 pacientes submetidos a esofagectomia com anastomose cervical ou intratorácica no De...
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Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)
2003
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Acceso en línea: | https://doaj.org/article/3a035caa672e4aa19d17e2eb2adddf02 |
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oai:doaj.org-article:3a035caa672e4aa19d17e2eb2adddf022021-11-29T20:36:05ZInfluência do local da anastomose (cervical ou torácica) na morbi-mortalidade das esofagectomias10.32635/2176-9745.RBC.2003v49n1.21290034-71162176-9745https://doaj.org/article/3a035caa672e4aa19d17e2eb2adddf022003-03-01T00:00:00Zhttps://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/2129https://doaj.org/toc/0034-7116https://doaj.org/toc/2176-9745 Objetivo: avaliar a influência do local da anastomose (cervical ou torácica) nas complicações pós-operatórias e mortalidade das esofagectomias com linfadenectomia em dois campos. Métodos: Estudo retrospectivo de 132 pacientes submetidos a esofagectomia com anastomose cervical ou intratorácica no Departamento de Cirurgia do Hospital Erasto Gaertner de janeiro/1987 a janeiro/1998. Analisaram-se variáveis relativas ao paciente (sexo, idade, estado geral, perda ponderal, co-morbidades, tabagismo, risco pulmonar), ao tumor (tipo histológico, localização, estádio clínico) e ao procedimento cirúrgico (tipo da anastomose, tempo cirúrgico, tempo de hospitalização), relacionando-as com as complicações e mortalidade pós-operatórias. Resultados: Noventa e quatro pacientes (71,2%) eram do sexo masculino. O tipo histológico predominante foi o carcinoma espino-celular (CEC) em 94,7% dos casos. As principais co-morbidades anotadas foram doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (29,55%) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) (15,15%), e 88 pacientes (66,6%) eram tabagistas. A principal localização do tumor foi o segmento torácico inferior (56,06%). Seis pacientes (4,54%) eram de estágio clínico (EC) I, 44 (33,33%) IIA, 24 (18,18%) IIB, 38 (28,80%) III e 17 (12,90%) IV. A anastomose intratorácica foi realizada em 105 pacientes (79,55%) e cervical em 27 (20,45%). A taxa de complicações foi de 39,3% e a letalidade hospitalar 13,70%. Procedeu-se anastomose mecânica em 65,09% dos casos e manual em 39,91%. Ocorreram seis casos (23,1%) de fístula cervical e três (2,9%) de intratorácica (p = 0,002). A mortalidade específica foi de 33,3% nos dois subgrupos. Conclusão: Este estudo mostrou uma maior ocorrência de fístulas nas anastomoses cervicais. A mortalidade pós-operatória foi semelhante nas duas técnicas, contrariando a tendência da literatura de conferir às fístulas cervicais uma menor letalidade. Flávio Daniel Saavedra TomasichGerardo Cristino Gavarrette ValladaresViviane Coimbra Augusto DemarchiDanilo GagliardiInstituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)articleNeoplasias EsofágicasEsofagectomiaAnastomose CirúrgicaComplicações Pós-OperatóriasMortalidadeFístulaNeoplasms. Tumors. Oncology. Including cancer and carcinogensRC254-282ENPTRevista Brasileira de Cancerologia, Vol 49, Iss 1 (2003) |
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Objetivo: avaliar a influência do local da anastomose (cervical ou torácica) nas complicações pós-operatórias e mortalidade das esofagectomias com linfadenectomia em dois campos. Métodos: Estudo retrospectivo de 132 pacientes submetidos a esofagectomia com anastomose cervical ou intratorácica no Departamento de Cirurgia do Hospital Erasto Gaertner de janeiro/1987 a janeiro/1998. Analisaram-se variáveis relativas ao paciente (sexo, idade, estado geral, perda ponderal, co-morbidades, tabagismo, risco pulmonar), ao tumor (tipo histológico, localização, estádio clínico) e ao procedimento cirúrgico (tipo da anastomose, tempo cirúrgico, tempo de hospitalização), relacionando-as com as complicações e mortalidade pós-operatórias. Resultados: Noventa e quatro pacientes (71,2%) eram do sexo masculino. O tipo histológico predominante foi o carcinoma espino-celular (CEC) em 94,7% dos casos. As principais co-morbidades anotadas foram doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (29,55%) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) (15,15%), e 88 pacientes (66,6%) eram tabagistas. A principal localização do tumor foi o segmento torácico inferior (56,06%). Seis pacientes (4,54%) eram de estágio clínico (EC) I, 44 (33,33%) IIA, 24 (18,18%) IIB, 38 (28,80%) III e 17 (12,90%) IV. A anastomose intratorácica foi realizada em 105 pacientes (79,55%) e cervical em 27 (20,45%). A taxa de complicações foi de 39,3% e a letalidade hospitalar 13,70%. Procedeu-se anastomose mecânica em 65,09% dos casos e manual em 39,91%. Ocorreram seis casos (23,1%) de fístula cervical e três (2,9%) de intratorácica (p = 0,002). A mortalidade específica foi de 33,3% nos dois subgrupos. Conclusão: Este estudo mostrou uma maior ocorrência de fístulas nas anastomoses cervicais. A mortalidade pós-operatória foi semelhante nas duas técnicas, contrariando a tendência da literatura de conferir às fístulas cervicais uma menor letalidade.
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