Relendo Sophie Calle e Jean-paul Thenot: sobre as dificuldades de descrever uma obra de arte

Sophie Calle, em Purloined, expôs obras ausentes mediante descrições feitas por funcionários de museus; Jean-Paul Thenot, em Cent lectures de Marcel Duchamp, indagou, a cem pessoas, o que lhes evocavam imagens das obras de Duchamp. A fim de captar a percepção do público de arte em Porto Alegre, os e...

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Autor principal: Juliana Proenço de Oliveira
Formato: article
Lenguaje:PT
Publicado: Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) 2020
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Acceso en línea:https://doaj.org/article/42c07168000341228ace209241d01694
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spelling oai:doaj.org-article:42c07168000341228ace209241d016942021-11-05T14:41:41ZRelendo Sophie Calle e Jean-paul Thenot: sobre as dificuldades de descrever uma obra de arte10.5965/21752346122620201841984-95322175-2346https://doaj.org/article/42c07168000341228ace209241d016942020-01-01T00:00:00Zhttps://periodicos.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/15391https://doaj.org/toc/1984-9532https://doaj.org/toc/2175-2346Sophie Calle, em Purloined, expôs obras ausentes mediante descrições feitas por funcionários de museus; Jean-Paul Thenot, em Cent lectures de Marcel Duchamp, indagou, a cem pessoas, o que lhes evocavam imagens das obras de Duchamp. A fim de captar a percepção do público de arte em Porto Alegre, os exercícios de Calle e Thenot foram reproduzidos (com adaptações), tendo por objeto três obras da dupla Ío expostas em 2018 no Santander Cultural. Houve, assim, a aplicação de questionários a cem visitantes da instituição, convidando-os a descrever cada um dos trabalhos em uma palavra, bem como a realização de entrevistas orais com seus funcionários, nas quais se pediu que descrevessem as obras. Análises de conteúdo dos dados colhidos indicam, contudo, que a maioria deles não corresponde à definição epistemológica de “descrição”. Este artigo propõe possíveis explicações desse resultado, como os meandros da relação entre imagem e palavra ou a influência de teorias tradicionais sobre interpretação da arte.  Juliana Proenço de OliveiraUniversidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)articleDescrição de obras de artePúblico de arte contemporâneaRelações entre imagem e palavraSophie CalleJean-Paul Thenot.Arts in generalNX1-820Visual artsN1-9211PTPalíndromo, Vol 12, Iss 26 (2020)
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Público de arte contemporânea
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Sophie Calle
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Juliana Proenço de Oliveira
Relendo Sophie Calle e Jean-paul Thenot: sobre as dificuldades de descrever uma obra de arte
description Sophie Calle, em Purloined, expôs obras ausentes mediante descrições feitas por funcionários de museus; Jean-Paul Thenot, em Cent lectures de Marcel Duchamp, indagou, a cem pessoas, o que lhes evocavam imagens das obras de Duchamp. A fim de captar a percepção do público de arte em Porto Alegre, os exercícios de Calle e Thenot foram reproduzidos (com adaptações), tendo por objeto três obras da dupla Ío expostas em 2018 no Santander Cultural. Houve, assim, a aplicação de questionários a cem visitantes da instituição, convidando-os a descrever cada um dos trabalhos em uma palavra, bem como a realização de entrevistas orais com seus funcionários, nas quais se pediu que descrevessem as obras. Análises de conteúdo dos dados colhidos indicam, contudo, que a maioria deles não corresponde à definição epistemológica de “descrição”. Este artigo propõe possíveis explicações desse resultado, como os meandros da relação entre imagem e palavra ou a influência de teorias tradicionais sobre interpretação da arte. 
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