Fatores Associados ao Atraso entre o Diagnóstico e o Início do Tratamento de Câncer de Mama: um Estudo de Coorte com 204.130 Casos no Brasil

Introdução: O câncer de mama e considerado um problema de saúde publica, tendo crescente incidência mundial. Diversos fatores contribuem para o diagnostico tardio e dificultam o inicio do tratamento, repercutindo em um pior prognostico. Objetivos: Analisar o intervalo de tempo entre o diagnostico e...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Giselle Coutinho de Medeiros, Clarice Gomes Chagas Teodózio, Erica Alves Nogueira Fabro, Suzana Sales de Aguiar, Artur Henrique Machado Lopes, Bárbara Cordeiro de Conte, Erisvan Vieira da Silva, Lyssandra Luiza Pestana Coelho, Nitza Ferreira Muniz, Sara Isabel Pimentel de Carvalho Schuab, Anke Bergmann, Luiz Claudio Santos Thuler
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) 2020
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/4a38aead2e5f4b6e89ebce3ef86e7c46
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Descripción
Sumario:Introdução: O câncer de mama e considerado um problema de saúde publica, tendo crescente incidência mundial. Diversos fatores contribuem para o diagnostico tardio e dificultam o inicio do tratamento, repercutindo em um pior prognostico. Objetivos: Analisar o intervalo de tempo entre o diagnostico e o inicio do primeiro tratamento oncológico na população brasileira, além de avaliar os fatores associados aos maiores intervalos. Método: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo com 540.529 pacientes cadastrados no Sistema de Registros Hospitalares de Câncer (SisRHC) no período de 2000 a 2017. Utilizou-se como desfecho o intervalo de tempo entre o diagnostico e o inicio do primeiro tratamento oncológico, considerando-se como atraso o intervalo maior do que 60 dias. Para analise das variáveis, foram realizadas analise descritiva e regressão logística simples (IC95%; p<0,05). Resultados: Foram analisados 204.130 casos que apresentaram media de idade de 55,8 anos (±13,24), sendo predominantemente do sexo feminino (99,1%), 55,1% eram da Região Sudeste e 71,4% residiam em cidades não capitais. A mediana do intervalo de tempo entre o diagnostico e o inicio do primeiro tratamento oncológico foi de 63 dias (variação interquartil = 36-109). As variáveis sociodemográficas, clinicas e relacionadas ao tratamento mostraram impacto no intervalo de tempo, com exceção da variável sexo. Conclusão: O tempo entre o diagnostico e o inicio do primeiro tratamento oncológico foi elevado. Fatores sociodemográficos, clínicos e relacionados ao tratamento influenciam nos intervalos de tempo. Identifica-los precocemente pode contribuir para o direcionamento de ações a esses grupos mais vulneráveis ao atraso.