"Quem furta mais e esconde": o roubo de escravos em Pernambuco, 1832-1855

Através da an´álise de registros policiais e de casos em tribunais, o autor constatou que os roubos de escravos em Pernambuco foram frequentes no período de 1832 a 1855. O maior número desses crimes ocorreu na década de 1840, época de declínio do tráfico internacional de escravos para essa provínci...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Marcus J.M. de Carvalho
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Universidade de São Paulo 1987
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/53ea188e92f44146858e08d6a9958f68
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Sumario:Através da an´álise de registros policiais e de casos em tribunais, o autor constatou que os roubos de escravos em Pernambuco foram frequentes no período de 1832 a 1855. O maior número desses crimes ocorreu na década de 1840, época de declínio do tráfico internacional de escravos para essa província. Em geral, roubavam-se os escravos em Recife, capital da província, para vendê-los aos engenhos. Entretanto os senhores de engenho também compravam escravos roubados de outros engenhos e, em alguns casos, participavam ativamente dos roubos. Apesar de sua condição legal igualá-los a um bem móvel, os escravos raramente se mantinham como objetos passives nesses crimes; somente sua conivência podia assegurar o êxito da ação. Portanto, os cativos possuíam urn poder de barganha que podiam utilizar para melhorar sua situação no regime escravista. Ser roubado significava, de fato, escolher outro senhor, que poderia ser melhor ou pior que o anterior. Nesta segunda hipótese, permanecia ainda a possibilidade de voltar para o dono original.