“Toda a minha vida fui Thug”
Até que ponto a música ou outras produções artísticas podem ser um meio de reconhecimento e de aprendizagem sobre um território ? (Guerra, 2019a). Esta foi a questão inicial com que nos debatemos, pois apesar de sabermos de forma corroborada o papel e a relevância de géneros musicais como o rap e da...
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DINÂMIA’CET – IUL, Centre for Socioeconomic and Territorial Studies
2021
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oai:doaj.org-article:573c3ed7910b401dba1a431738618c402021-12-02T10:40:56Z“Toda a minha vida fui Thug”2182-3030https://doaj.org/article/573c3ed7910b401dba1a431738618c402021-06-01T00:00:00Zhttp://journals.openedition.org/cidades/4417https://doaj.org/toc/2182-3030Até que ponto a música ou outras produções artísticas podem ser um meio de reconhecimento e de aprendizagem sobre um território ? (Guerra, 2019a). Esta foi a questão inicial com que nos debatemos, pois apesar de sabermos de forma corroborada o papel e a relevância de géneros musicais como o rap e da cultura hip-hop no mundo artístico, começamos a questionar de que forma são abordados determinados conteúdos, partindo de influências musicais distintas e diversas, desde o rap ao trap, consoante as manifestações de (sub)géneros musicais (Frith, 1996 ; Lena & Peterson, 2008). Deste modo, o nosso foco incidiu numa análise das letras das músicas de treze artistas, com o intuito de perspetivar as mensagens líricas que são transmitidas, as diversas relações ou referências que possam ser feitas a contextos geográficos, mais concretamente bairros sociais, e concomitantemente perceber como é que estas produções são pautadas pelas posições de afirmação estereotipadas relativas à representação do artista gangster, às vivências e aos consumos desviantes. Como é que um país de pequena dimensão se posiciona, em termos de produção e consumo musical, face a estes processos de resistência (Johansson & Lalander, 2012 ; Guerra & Quintela, 2016) musical ? Acima disso, tentamos compreender em que sentido os artistas alvo de análise ainda refletem nas suas produções artísticas temas como a exclusão, a violência, a criminalidade e outras questões. Trata-se de um artigo que procura enfatizar o papel das criações artísticas enquanto (re)produtoras de conhecimento relevante sobre as realidades sociais (Guerra, 2019a ; Becker, 2007).Sofia SousaPaula GuerraDINÂMIA’CET – IUL, Centre for Socioeconomic and Territorial Studiesarticlemanifestações musicaisterritóriosrepresentaçõesterritórios desfavorecidos/bairros sociais/ espaços de segregação sócio-espacial-guetosartes da cidadaniaAesthetics of cities. City planning and beautifyingNA9000-9428Urban groups. The city. Urban sociologyHT101-395Urbanization. City and countryHT361-384ENESFRITPTCidades, Comunidades e Território (2021) |
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Até que ponto a música ou outras produções artísticas podem ser um meio de reconhecimento e de aprendizagem sobre um território ? (Guerra, 2019a). Esta foi a questão inicial com que nos debatemos, pois apesar de sabermos de forma corroborada o papel e a relevância de géneros musicais como o rap e da cultura hip-hop no mundo artístico, começamos a questionar de que forma são abordados determinados conteúdos, partindo de influências musicais distintas e diversas, desde o rap ao trap, consoante as manifestações de (sub)géneros musicais (Frith, 1996 ; Lena & Peterson, 2008). Deste modo, o nosso foco incidiu numa análise das letras das músicas de treze artistas, com o intuito de perspetivar as mensagens líricas que são transmitidas, as diversas relações ou referências que possam ser feitas a contextos geográficos, mais concretamente bairros sociais, e concomitantemente perceber como é que estas produções são pautadas pelas posições de afirmação estereotipadas relativas à representação do artista gangster, às vivências e aos consumos desviantes. Como é que um país de pequena dimensão se posiciona, em termos de produção e consumo musical, face a estes processos de resistência (Johansson & Lalander, 2012 ; Guerra & Quintela, 2016) musical ? Acima disso, tentamos compreender em que sentido os artistas alvo de análise ainda refletem nas suas produções artísticas temas como a exclusão, a violência, a criminalidade e outras questões. Trata-se de um artigo que procura enfatizar o papel das criações artísticas enquanto (re)produtoras de conhecimento relevante sobre as realidades sociais (Guerra, 2019a ; Becker, 2007). |
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