Integração de indicadores ecológicos, ambientais e de saúde humana em microbacias urbanas
“Andar de lado para não andar para trás”. Essa frase não tem saído da minha cabeça ultimamente. Explico. Resgatando um hábito de infância, tirei da gaveta um velho jogo de tabuleiro na busca por bons momentos de convivência familiar em meio à pandemia. O peão, na maior parte das vezes, avança confor...
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Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
2020
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oai:doaj.org-article:5dd7cf583fa14457964cfd893254dbe12021-12-02T15:22:54ZIntegração de indicadores ecológicos, ambientais e de saúde humana em microbacias urbanas10.5281/zenodo.39404562317-0611https://doaj.org/article/5dd7cf583fa14457964cfd893254dbe12020-07-01T00:00:00Zhttp://www.revistaespinhaco.com/index.php/journal/article/view/294/206https://doaj.org/toc/2317-0611“Andar de lado para não andar para trás”. Essa frase não tem saído da minha cabeça ultimamente. Explico. Resgatando um hábito de infância, tirei da gaveta um velho jogo de tabuleiro na busca por bons momentos de convivência familiar em meio à pandemia. O peão, na maior parte das vezes, avança conforme os dados rolam. No entanto, as adversidades que surgem no caminho muitas vezes fazem com que a gente retroceda muitas casas no jogo. Ninguém gosta de andar para trás. Nem mesmo na brincadeira. Agora, imagina na vida real. As Universidades públicas brasileiras me parecem fazer parte de um grande jogo de tabuleiro, onde tempo perdido significa prejuízos irreparáveis para gerações de estudantes que buscam inclusão social na educação. Quando os dados do jogo político estão favoráveis, grandes avanços ocorrem. Quando os dados se revoltam, o resultado pode ser desastroso. A democracia brasileira mostra sinais de fragilidade frente ao autoritarismo e à corrosão das instituições democráticas. Em que pese todas as garantias constitucionais, as universidades públicas não estão imunes. Os ataques são vários: esgarçamento dos recursos, enfraquecimento das instituições de fomento, desorganização geral do MEC, campanhas de ódio, desinformação e a desestabilização política das Universidades com a indicação de reitores com pauta dissonante da comunidade acadêmica. Nesse ambiente desafiador, as forças democráticas ainda formam boa maioria dentro das Universidades públicas. No entanto, o momento pede atenção máxima, união e participação, para que o peão não se perca e o jogo não se acabe. Infelizmente, comunidades acadêmicas têm focado boa parte de seu tempo e energia no combate de pautas obscurantistas, muitas vezes impulsionadas dentro das próprias instituições. Quando temos sucesso, percebemos que todo o tempo, suor e saúde investidos apenas permitiram que o peão não retrocedesse algumas casas no tabuleiro. Dessa forma, andamos de lado e perdemos de vista um futuro repleto de possiblidades. A lógica que vem sendo imposta às Universidades e, por consequência, à vida das pessoas e ao desenvolvimento de regiões, é cruel e inaceitável. Nunca foi tão importante que representantes de faculdades, cursos e categorias conheçam as normas internas e externas que regem as Universidades. Deve-se buscar a aprovação de resoluções ou de adendos que minem ações pouco simpáticas ao jogo democrático e, também, oferecer respostas rápidas e assertivas às ações autoritárias.Douglas SathlerUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuriarticledesafios universidades públicasPhysical geographyGB3-5030Geography (General)G1-922ENPTRevista Espinhaço, Vol 9, Iss 1, Pp i-ii (2020) |
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“Andar de lado para não andar para trás”. Essa frase não tem saído da minha cabeça ultimamente. Explico. Resgatando um hábito de infância, tirei da gaveta um velho jogo de tabuleiro na busca por bons momentos de convivência familiar em meio à pandemia. O peão, na maior parte das vezes, avança conforme os dados rolam. No entanto, as adversidades que surgem no caminho muitas vezes fazem com que a gente retroceda muitas casas no jogo. Ninguém gosta de andar para trás. Nem mesmo na brincadeira. Agora, imagina na vida real.
As Universidades públicas brasileiras me parecem fazer parte de um grande jogo de tabuleiro, onde tempo perdido significa prejuízos irreparáveis para gerações de estudantes que buscam inclusão social na educação. Quando os dados do jogo político estão favoráveis, grandes avanços ocorrem. Quando os dados se revoltam, o resultado pode ser desastroso.
A democracia brasileira mostra sinais de fragilidade frente ao autoritarismo e à corrosão das instituições democráticas. Em que pese todas as garantias constitucionais, as universidades públicas não estão imunes. Os ataques são vários: esgarçamento dos recursos, enfraquecimento das instituições de fomento, desorganização geral do MEC, campanhas de ódio, desinformação e a desestabilização política das Universidades com a indicação de reitores com pauta dissonante da comunidade acadêmica.
Nesse ambiente desafiador, as forças democráticas ainda formam boa maioria dentro das Universidades públicas. No entanto, o momento pede atenção máxima, união e participação, para que o peão não se perca e o jogo não se acabe. Infelizmente, comunidades acadêmicas têm focado boa parte de seu tempo e energia no combate de pautas obscurantistas, muitas vezes impulsionadas dentro das próprias instituições. Quando temos sucesso, percebemos que todo o tempo, suor e saúde investidos apenas permitiram que o peão não retrocedesse algumas casas no tabuleiro. Dessa forma, andamos de lado e perdemos de vista um futuro repleto de possiblidades.
A lógica que vem sendo imposta às Universidades e, por consequência, à vida das pessoas e ao desenvolvimento de regiões, é cruel e inaceitável. Nunca foi tão importante que representantes de faculdades, cursos e categorias conheçam as normas internas e externas que regem as Universidades. Deve-se buscar a aprovação de resoluções ou de adendos que minem ações pouco simpáticas ao jogo democrático e, também, oferecer respostas rápidas e assertivas às ações autoritárias. |
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