Abordagem Cirúrgica de Osteorradionecrose Mandibular Causada por Fratura Idiopática
Introdução: A osteorradionecrose acomete de 1% a 6% dos pacientes submetidos à radioterapia e é considerada a complicação oral mais grave advinda dessa modalidade terapêutica. Relato do caso: Trata-se de um homem, 65 anos, com diagnóstico de carcinoma de células escamosas em assoalho bucal esquerdo...
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Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)
2020
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oai:doaj.org-article:7aa7e78a93fd4b028fad0ea47fa0c4d52021-11-29T20:02:04ZAbordagem Cirúrgica de Osteorradionecrose Mandibular Causada por Fratura Idiopática10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n3.10280034-71162176-9745https://doaj.org/article/7aa7e78a93fd4b028fad0ea47fa0c4d52020-07-01T00:00:00Zhttps://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/1028https://doaj.org/toc/0034-7116https://doaj.org/toc/2176-9745 Introdução: A osteorradionecrose acomete de 1% a 6% dos pacientes submetidos à radioterapia e é considerada a complicação oral mais grave advinda dessa modalidade terapêutica. Relato do caso: Trata-se de um homem, 65 anos, com diagnóstico de carcinoma de células escamosas em assoalho bucal esquerdo, tratado com cirurgia e radioterapia adjuvante. Na avaliação odontológica inicial, não foram observadas alterações clínicas ou radiográficas. Duas semanas após o término da radioterapia, o paciente relatou ter acordado com dor intensa em mandíbula, sem relato de trauma ou queda. A radiografia panorâmica evidenciou fratura no corpo mandibular esquerdo, sugerindo fratura idiopática durante o sono. Após dez dias, houve exposição óssea intraoral do coto distal e preconizou-se tratamento conservador com analgesia, osteotomia superficial sob anestesia local e antibioticoterapia profilática. O paciente evoluiu com secreção purulenta, fístula extraoral e eliminação de sequestro ósseo, após cinco meses, confirmando o diagnóstico de osteorradionecrose. Diante desse quadro, após 11 meses do diagnóstico da fratura, optou-se pela intervenção cirúrgica de mandibulectomia redutora de coto distal. Depois de sete meses de acompanhamento pós-cirúrgico, o paciente encontra-se sem evidências clínicas e radiográficas de osteorradionecrose. Conclusão: O tratamento da osteorradionecrose é considerado desafiador para os dentistas que lidam com essa sequela da radioterapia. Portanto, destaca-se a importância da capacitação do dentista para atuar em todas as etapas do tratamento oncológico. Lísia Daltro Borges AlvesMarco Túlio Cunha SantosAna Carolina dos Santos MenezesFernanda Vieira HeimlichFernando Luiz DiasMarcos Borges MoretoJosé Roberto de Menezes PontesHéliton Spíndola AntunesDébora Lima PereiraInstituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)articleOsteorradionecrose/radioterapiaOsteorradionecrose/terapiaNeoplasias Bucais/complicaçõesOsteotomia MandibularOncologiaNeoplasms. Tumors. Oncology. Including cancer and carcinogensRC254-282ENPTRevista Brasileira de Cancerologia, Vol 66, Iss 3 (2020) |
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Introdução: A osteorradionecrose acomete de 1% a 6% dos pacientes submetidos à radioterapia e é considerada a complicação oral mais grave advinda dessa modalidade terapêutica. Relato do caso: Trata-se de um homem, 65 anos, com diagnóstico de carcinoma de células escamosas em assoalho bucal esquerdo, tratado com cirurgia e radioterapia adjuvante. Na avaliação odontológica inicial, não foram observadas alterações clínicas ou radiográficas. Duas semanas após o término da radioterapia, o paciente relatou ter acordado com dor intensa em mandíbula, sem relato de trauma ou queda. A radiografia panorâmica evidenciou fratura no corpo mandibular esquerdo, sugerindo fratura idiopática durante o sono. Após dez dias, houve exposição óssea intraoral do coto distal e preconizou-se tratamento conservador com analgesia, osteotomia superficial sob anestesia local e antibioticoterapia profilática. O paciente evoluiu com secreção purulenta, fístula extraoral e eliminação de sequestro ósseo, após cinco meses, confirmando o diagnóstico de osteorradionecrose. Diante desse quadro, após 11 meses do diagnóstico da fratura, optou-se pela intervenção cirúrgica de mandibulectomia redutora de coto distal. Depois de sete meses de acompanhamento pós-cirúrgico, o paciente encontra-se sem evidências clínicas e radiográficas de osteorradionecrose. Conclusão: O tratamento da osteorradionecrose é considerado desafiador para os dentistas que lidam com essa sequela da radioterapia. Portanto, destaca-se a importância da capacitação do dentista para atuar em todas as etapas do tratamento oncológico.
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