Os múltiplos de porcos e diamantes: a economia escrava de Minas Gerais no século XIX
Numa série de estudos, Roberto B. Martins e Amilcar Martins Filho argumentam que Minas Gerais foi uma das maiores importadoras de escravos africanos no Brasil durante a primeira metado do século XIX. Este artigo apóia a conclusão dos Martins, mas questiona a explicação que eles oferecem para o tráf...
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Autor principal: | |
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Formato: | article |
Lenguaje: | EN PT |
Publicado: |
Universidade de São Paulo
1988
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://doaj.org/article/7b6fd4d514f24314aec74e566727d52b |
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Sumario: | Numa série de estudos, Roberto B. Martins e Amilcar Martins Filho argumentam que Minas Gerais foi uma das maiores importadoras de escravos africanos no Brasil durante a primeira metado do século XIX. Este artigo apóia a conclusão dos Martins, mas questiona a explicação que eles oferecem para o tráfico mineiro. Argumenta-se que não foi principalmente a abundância de terra (e a consequente falta de um mercado de trabalho livre) que levou os empregadores mineiros a continuarem requisitando o braço escravo. Outros fatores foram mais importantes: 1) a existência em Minas de uma economia extrativa e agropecuária significativa, orientada para mercados fora da província (no Brasii e no exterior): e 2) o alto preço de produtos importados para Minas (decorrente do alto custo do transporte) garantiu que a demanas por bens e serviços, oriunda dos setores exportadores, tivesse um efeito multiplicador especialmente grande sobre os setores que produziam para o mercado intemo da província. Com o encolhimento relativo dos setores tradicionais de exportação durante a segunda metade do século XIX, a escravidão na província - fora de regiões ligadas direta ou indiretamente à produção de café também mostrou forte tendência ao declínio, ao contrário do que argumentam os Martins.
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