A dimensão do horror no luto em "O que ficou para trás”

O objetivo deste artigo é apresentar uma interpretação do filme O que ficou para trás (2020), do diretor Remi Weekes, partindo não apenas da narrativa, mas também do contexto cultural e de migração forçada dos personagens principais, Bol e Rial Majur. Nessa história dramática de perda e solicitação...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Giulia Mendes Gambassi
Formato: article
Lenguaje:PT
Publicado: Universidade Estadual de Campinas 2021
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/86fa6000a4ba4adaa19aed16879e213e
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Descripción
Sumario:O objetivo deste artigo é apresentar uma interpretação do filme O que ficou para trás (2020), do diretor Remi Weekes, partindo não apenas da narrativa, mas também do contexto cultural e de migração forçada dos personagens principais, Bol e Rial Majur. Nessa história dramática de perda e solicitação de refúgio, mobilizaremos a psicanálise transcultural (MORO, 2015, BINKOWSKI; BERRIEL, 2018) para nos voltarmos ao que entendemos como trabalho de luto a partir da língua-cultura dinka. Enquadrado no gênero horror, o filme nos apresenta não só a trajetória de Bol e Rial no novo país e o (não) acolhimento da Inglaterra, como também suas lutas internas com o que parece ter ficado para trás, como a tradução do título nos aponta, mas que os acompanha e se reapresenta durante toda a trama. Trabalhamos a dimensão do horror no luto via o Unheimlich freudiano e a dessubjetivação daqueles que, como Bol e Rial, arriscam-se a sobreviverem inscritos em novas dimensões de alteridade e de laço social.