Associação entre discrepâncias medicamentosas e o tempo de internação na clínica cirúrgica em um hospital universitário
Objetivo: Verificar a associação entre a ocorrência de discrepâncias medicamentosas na admissão hospitalar e o tempo de internação em pacientes cirúrgicos em um hospital de ensino. Método: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo, realizado com todos os pacientes internos na clínica cirúrgica no...
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Publicado: |
Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde
2021
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oai:doaj.org-article:88b614338cc149ec891e691c116a1d8a2021-11-28T02:43:13ZAssociação entre discrepâncias medicamentosas e o tempo de internação na clínica cirúrgica em um hospital universitário10.30968/rbfhss.2021.122.05472179-59242316-7750https://doaj.org/article/88b614338cc149ec891e691c116a1d8a2021-06-01T00:00:00Zhttps://www.rbfhss.org.br/sbrafh/article/view/547https://doaj.org/toc/2179-5924https://doaj.org/toc/2316-7750 Objetivo: Verificar a associação entre a ocorrência de discrepâncias medicamentosas na admissão hospitalar e o tempo de internação em pacientes cirúrgicos em um hospital de ensino. Método: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo, realizado com todos os pacientes internos na clínica cirúrgica no período compreendido entre os anos de 2014 a 2018. As discrepâncias foram avaliadas comparando os medicamentos da primeira prescrição médica em ambiente hospitalar e os medicamentos constantes na melhor história possível da medicação, document este constituinte do prontuário farmacêutico que detalha o uso dos medicamentos em domicílio na semana que antecede a internação. Essas informações foram obtidas através de entrevista estruturada com o paciente, aplicada por farmacêutico clínico nas primeiras 24h de entrada do paciente no hospital. Estes pacientes foram avaliados em dois grupos: (a) expostos a discrepâncias medicamentosas e (b) não expostos. As fontes de dados foram os prontuários farmacoterapêutico e eletrônico do paciente. O nível de significancia estatística foi estabelecido em p<0,005. Resultados: Foram incluidos 338 indivíduos, destes 187 (55,3 %) expostos a discrepâncias medicamentosas. A média do tempo de internação dos expostos foi de 11 dias (DP=23), já o grupo não exposto foi de 10,5 dias (DP=38) p=0,352. Observou-se que o grupo de expostos a discrepância, 112 (80,6%) indivíduos apresentavam pelo menos uma comorbidade. A média de tempo de internação dos adultos (idade até 59 anos) expostos a discrepâncias medicamentosas foi de 10,6 dias (DP=19,6) enquanto a dos não expostos foi de 8,6 dias (DP=40,5) p=0,483.No grupo de expostos a discrepância, 58 (52,7%) indivíduos adultos apresentaram pelo menos uma comorbidade, p=0,000. A média do tempo de internação dos idosos (idade acima de 60 anos) expostos à discrepância medicamentosa foi de 11,5 dias (DP= 27). Em contrapartida, a média do tempo de internação dos idosos não expostos à discrepância foi de 15,5 dias (DP= 31,7) p=0,394. No grupo de idosos expostos a discrepância, 54 (70,2%) indivíduos apresentavam pelo menos uma comorbidade. p=0,000. Conclusão: Este resultado sugere que não há associação entre discrepâncias medicamentosas na admissão hospitalar e o tempo de internação. A ocorrência de discrepâncias medicamentosas esteve associada a pacientes com comorbidades e idosos. Karina B. MENEZESAbiane S. SILVACamila E. CUNHA-MATTOSTammyrys NUTELSAlfredo D. OLIVEIRASabrina J. NEVESMaria G. LEOPARDI-GONÇALVESSociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de SaúdearticlePublic aspects of medicineRA1-1270Pharmacy and materia medicaRS1-441Therapeutics. PharmacologyRM1-950ENPTRevista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, Vol 12, Iss 2 (2021) |
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Public aspects of medicine RA1-1270 Pharmacy and materia medica RS1-441 Therapeutics. Pharmacology RM1-950 Karina B. MENEZES Abiane S. SILVA Camila E. CUNHA-MATTOS Tammyrys NUTELS Alfredo D. OLIVEIRA Sabrina J. NEVES Maria G. LEOPARDI-GONÇALVES Associação entre discrepâncias medicamentosas e o tempo de internação na clínica cirúrgica em um hospital universitário |
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Objetivo: Verificar a associação entre a ocorrência de discrepâncias medicamentosas na admissão hospitalar e o tempo de internação em pacientes cirúrgicos em um hospital de ensino. Método: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo, realizado com todos os pacientes internos na clínica cirúrgica no período compreendido entre os anos de 2014 a 2018. As discrepâncias foram avaliadas comparando os medicamentos da primeira prescrição médica em ambiente hospitalar e os medicamentos constantes na melhor história possível da medicação, document este constituinte do prontuário farmacêutico que detalha o uso dos medicamentos em domicílio na semana que antecede a internação. Essas informações foram obtidas através de entrevista estruturada com o paciente, aplicada por farmacêutico clínico nas primeiras 24h de entrada do paciente no hospital. Estes pacientes foram avaliados em dois grupos: (a) expostos a discrepâncias medicamentosas e (b) não expostos. As fontes de dados foram os prontuários farmacoterapêutico e eletrônico do paciente. O nível de significancia estatística foi estabelecido em p<0,005. Resultados: Foram incluidos 338 indivíduos, destes 187 (55,3 %) expostos a discrepâncias medicamentosas. A média do tempo de internação dos expostos foi de 11 dias (DP=23), já o grupo não exposto foi de 10,5 dias (DP=38) p=0,352. Observou-se que o grupo de expostos a discrepância, 112 (80,6%) indivíduos apresentavam pelo menos uma comorbidade. A média de tempo de internação dos adultos (idade até 59 anos) expostos a discrepâncias medicamentosas foi de 10,6 dias (DP=19,6) enquanto a dos não expostos foi de 8,6 dias (DP=40,5) p=0,483.No grupo de expostos a discrepância, 58 (52,7%) indivíduos adultos apresentaram pelo menos uma comorbidade, p=0,000. A média do tempo de internação dos idosos (idade acima de 60 anos) expostos à discrepância medicamentosa foi de 11,5 dias (DP= 27). Em contrapartida, a média do tempo de internação dos idosos não expostos à discrepância foi de 15,5 dias (DP= 31,7) p=0,394. No grupo de idosos expostos a discrepância, 54 (70,2%) indivíduos apresentavam pelo menos uma comorbidade. p=0,000. Conclusão: Este resultado sugere que não há associação entre discrepâncias medicamentosas na admissão hospitalar e o tempo de internação. A ocorrência de discrepâncias medicamentosas esteve associada a pacientes com comorbidades e idosos.
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