Interações Medicamentosas na Farmacoterapia de Idosos com Câncer atendidos em um Ambulatório de Onco-Hematologia

Introdução: Mais de 50% dos diagnósticos de câncer ocorrem na população idosa. Esse grupo etário possui outros problemas de saúde concomitantes à neoplasia que aumentam o risco de polifarmácia e interações medicamentosas. Objetivo: Identificar a frequência das interações medicamentosas potenciais e...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Caroline de Oliveira Faria, Cristiane Moreira Reis, Andrezza Gouvêa Santos, Adriano Max Moreira Reis
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) 2018
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/898669cda75242a89de70d939abd9d07
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Descripción
Sumario:Introdução: Mais de 50% dos diagnósticos de câncer ocorrem na população idosa. Esse grupo etário possui outros problemas de saúde concomitantes à neoplasia que aumentam o risco de polifarmácia e interações medicamentosas. Objetivo: Identificar a frequência das interações medicamentosas potenciais e analisar os fatores associados na farmacoterapia de idosos com câncer. Método: Estudo transversal realizado em um ambulatório de onco-hematologia de um hospital de ensino. Foram entrevistados 160 idosos submetidos à terapia antineoplásica parenteral. Registraram-se informações sobre farmacoterapia, diagnóstico da neoplasia, outros problemas de saúde e funcionalidade. A funcionalidade foi determinada usando o Vulnerable Elders Survey. As informações clínicas foram coletadas em prontuário. Identificaram-se interações medicamentosas potenciais empregando o software Drug Interaction Checking. A regressão logística foi utilizada para determinar os fatores associados às interações medicamentosas potenciais. Resultados: Noventa e sete (60,6%) idosos apresentaram pelo menos uma interação medicamentosa e 42 (26,3%), interação envolvendo um medicamento antineoplásico. Ciclofosfamida e fluouracila foram os mais envolvidos em interações. O mecanismo farmacodinâmico foi responsável por 52,5% das interações. Identificou-se que 51% das interações foram classificadas como graves. A regressão logística mostrou que interações medicamentosas estiveram associadas de forma independente com número de medicamentos [OR=1,51; IC95% (1,277-1,78), p<0,0001) e de problemas de saúde [OR=1,39; IC95% (1,030-1,880), p=0,031]. Conclusão: A frequência de interações medicamentosas potenciais em idosos com câncer em terapia antineoplásica parenteral foi elevada, ainda que a proporção de interações graves corresponda à aproximadamente metade do total de interações. O número de problemas de saúde e o de medicamentos apresentaram associação positiva com interações medicamentosas.