Interações Medicamentosas na Farmacoterapia de Idosos com Câncer atendidos em um Ambulatório de Onco-Hematologia
Introdução: Mais de 50% dos diagnósticos de câncer ocorrem na população idosa. Esse grupo etário possui outros problemas de saúde concomitantes à neoplasia que aumentam o risco de polifarmácia e interações medicamentosas. Objetivo: Identificar a frequência das interações medicamentosas potenciais e...
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Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)
2018
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oai:doaj.org-article:898669cda75242a89de70d939abd9d072021-11-29T20:07:04ZInterações Medicamentosas na Farmacoterapia de Idosos com Câncer atendidos em um Ambulatório de Onco-Hematologia10.32635/2176-9745.RBC.2018v64n1.1190034-71162176-9745https://doaj.org/article/898669cda75242a89de70d939abd9d072018-03-01T00:00:00Zhttps://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/119https://doaj.org/toc/0034-7116https://doaj.org/toc/2176-9745 Introdução: Mais de 50% dos diagnósticos de câncer ocorrem na população idosa. Esse grupo etário possui outros problemas de saúde concomitantes à neoplasia que aumentam o risco de polifarmácia e interações medicamentosas. Objetivo: Identificar a frequência das interações medicamentosas potenciais e analisar os fatores associados na farmacoterapia de idosos com câncer. Método: Estudo transversal realizado em um ambulatório de onco-hematologia de um hospital de ensino. Foram entrevistados 160 idosos submetidos à terapia antineoplásica parenteral. Registraram-se informações sobre farmacoterapia, diagnóstico da neoplasia, outros problemas de saúde e funcionalidade. A funcionalidade foi determinada usando o Vulnerable Elders Survey. As informações clínicas foram coletadas em prontuário. Identificaram-se interações medicamentosas potenciais empregando o software Drug Interaction Checking. A regressão logística foi utilizada para determinar os fatores associados às interações medicamentosas potenciais. Resultados: Noventa e sete (60,6%) idosos apresentaram pelo menos uma interação medicamentosa e 42 (26,3%), interação envolvendo um medicamento antineoplásico. Ciclofosfamida e fluouracila foram os mais envolvidos em interações. O mecanismo farmacodinâmico foi responsável por 52,5% das interações. Identificou-se que 51% das interações foram classificadas como graves. A regressão logística mostrou que interações medicamentosas estiveram associadas de forma independente com número de medicamentos [OR=1,51; IC95% (1,277-1,78), p<0,0001) e de problemas de saúde [OR=1,39; IC95% (1,030-1,880), p=0,031]. Conclusão: A frequência de interações medicamentosas potenciais em idosos com câncer em terapia antineoplásica parenteral foi elevada, ainda que a proporção de interações graves corresponda à aproximadamente metade do total de interações. O número de problemas de saúde e o de medicamentos apresentaram associação positiva com interações medicamentosas. Caroline de Oliveira FariaCristiane Moreira ReisAndrezza Gouvêa SantosAdriano Max Moreira ReisInstituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)articleInterações de MedicamentosIdosos; Antineoplásicos;Tratamento Farmacológico;NeoplasiaNeoplasms. Tumors. Oncology. Including cancer and carcinogensRC254-282ENPTRevista Brasileira de Cancerologia, Vol 64, Iss 1 (2018) |
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Introdução: Mais de 50% dos diagnósticos de câncer ocorrem na população idosa. Esse grupo etário possui outros problemas de saúde concomitantes à neoplasia que aumentam o risco de polifarmácia e interações medicamentosas. Objetivo: Identificar a frequência das interações medicamentosas potenciais e analisar os fatores associados na farmacoterapia de idosos com câncer. Método: Estudo transversal realizado em um ambulatório de onco-hematologia de um hospital de ensino. Foram entrevistados 160 idosos submetidos à terapia antineoplásica parenteral. Registraram-se informações sobre farmacoterapia, diagnóstico da neoplasia, outros problemas de saúde e funcionalidade. A funcionalidade foi determinada usando o Vulnerable Elders Survey. As informações clínicas foram coletadas em prontuário. Identificaram-se interações medicamentosas potenciais empregando o software Drug Interaction Checking. A regressão logística foi utilizada para determinar os fatores associados às interações medicamentosas potenciais. Resultados: Noventa e sete (60,6%) idosos apresentaram pelo menos uma interação medicamentosa e 42 (26,3%), interação envolvendo um medicamento antineoplásico. Ciclofosfamida e fluouracila foram os mais envolvidos em interações. O mecanismo farmacodinâmico foi responsável por 52,5% das interações. Identificou-se que 51% das interações foram classificadas como graves. A regressão logística mostrou que interações medicamentosas estiveram associadas de forma independente com número de medicamentos [OR=1,51; IC95% (1,277-1,78), p<0,0001) e de problemas de saúde [OR=1,39; IC95% (1,030-1,880), p=0,031]. Conclusão: A frequência de interações medicamentosas potenciais em idosos com câncer em terapia antineoplásica parenteral foi elevada, ainda que a proporção de interações graves corresponda à aproximadamente metade do total de
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