EDUCAÇÃO E NÃO EMANCIPAÇÃO. OS LIMITES DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NA ORGANIZAÇÃO SOCIAL CONTEMPORÂNEA

O presente escrito tem como objetivo analisar a possível obsolescência da educação escolar para o desenvolvimento e a inserção dos indivíduos no ora vigente modo de produção capitalista industrial. Esta análise se baseia na descrição de Marx dos momentos constitutivos do capital através do modo de p...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Cesar Augusto Silva
Formato: article
Lenguaje:EN
ES
FR
PT
Publicado: Universidade Federal Fluminense 2018
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/8a34021b05694d0a9a6ab83d05f0cd02
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Sumario:O presente escrito tem como objetivo analisar a possível obsolescência da educação escolar para o desenvolvimento e a inserção dos indivíduos no ora vigente modo de produção capitalista industrial. Esta análise se baseia na descrição de Marx dos momentos constitutivos do capital através do modo de produção de mercadorias. Nesta exposição ele demonstra a existência de uma lógica interna própria para a dinâmica da construção do capital em seu movimento eterno de expansão. Mais do que isso, há a erupção de relações sociais a partir desse processo de produção e expansão do capital, mediado pela mercadoria, sem que haja a necessidade interna ou externa de um sistema de ensino massivo de indivíduos para que isso se realize. Pelo contrário, se a produção capitalista necessita de um consumo sempre em expansão de seus produtos, a indústria cultural se encarrega de realizá-lo. Em suma, procuramos demonstrar a partir dos escritos, principalmente, de Marx, Adorno e Marcuse que a demanda do modo de produção capitalista por uma massa de indivíduos oriundos da educação escolar não existe, pois a maioria de suas demandas radica nele mesmo, modo de produção, e são solucionadas por ele mesmo em seu processo de constituição, não num elemento externo e ideal, como é o caso da educação escolar. Desta forma, não há como sustentar argumentos que impingem a educação escolar como um elemento fundamental na criação ou no acesso a empregos e muito menos numa prerrogativa para a expansão da assim chamada economia atual, isto é, as relações de produção capitalistas que são constitutivas deste modo de produção. A partir daí, podemos perceber a brecha que se abre para a educação escolar no que tange à formação (no sentido privilegiado da Bildung) dos seres humanos. Porém, tal formação é absolutamente obstruída pelo âmbito objetivo da reificação, isto é, a produção da semiformação. Concluímos reiterando a necessidade da abordagem do tema educacional a partir da totalidade do processo de produção social da vida sob um enfoque marxista.