Sobre a incoatividade dos verbos terminados em -ecer em português
RESUMO: A tradição gramatical portuguesa assume geralmente que -ecer é um constituinte sufixal característico de verbos incoativos, ou seja, verbos que exprimem o início de um estado ou processo. Neste artigo, procuraremos averiguar em que medida este proclamado valor aspetual dos verbos terminados...
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Formato: | article |
Lenguaje: | EN ES PT |
Publicado: |
Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-graduação em Linguística
2021
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://doaj.org/article/9447d52197194c2a8f3587641c9915e0 |
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Sumario: | RESUMO: A tradição gramatical portuguesa assume geralmente que -ecer é um constituinte sufixal característico de verbos incoativos, ou seja, verbos que exprimem o início de um estado ou processo. Neste artigo, procuraremos averiguar em que medida este proclamado valor aspetual dos verbos terminados em -ecer se encontra atestado no português contemporâneo ou em alguma(s) das fases pretéritas da nossa língua. Para esse efeito, analisa-se o significado de cinco verbos terminados em -ecer (adormecer, amanhecer, amarelecer, apodrecer, endurecer) ao longo do seu percurso diacrónico, com base nas atestações encontradas no CIPM - Corpus Informatizado do Português Medieval e em obras lexicográficas editadas a partir do século XVI. Os dados permitem concluir que, desde o português antigo, os verbos em -ecer, mais do que expressar um evento no seu início, denotam eventos que focalizam o estado final da mudança sofrida por uma entidade.
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