QUANDO OS PATRÕES DESTROEM MÁQUINAS O DEBATE EM TORNO DAS FORÇAS PRODUTIVAS EM FÁBRICAS RECUPERADAS ARGENTINAS E URUGUAIAS

Este artigo é o resultado de uma pesquisa que teve por objetivo avaliar o fenômeno das Fábricas Recuperadas (FRs) na América Latina e também de inúmeros diálogos com pesquisadores (especialmente meus orientadores Paulo Lima Filho e Renato Dagnino), outros amigos, trabalhadores, trabalhadoras e repre...

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Autor principal: Henrique Novaes
Formato: article
Lenguaje:EN
ES
FR
PT
Publicado: Universidade Federal Fluminense 2006
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Acceso en línea:https://doaj.org/article/9b2b6bcf7469433aa0990eb00a3fc7f0
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Henrique Novaes
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description Este artigo é o resultado de uma pesquisa que teve por objetivo avaliar o fenômeno das Fábricas Recuperadas (FRs) na América Latina e também de inúmeros diálogos com pesquisadores (especialmente meus orientadores Paulo Lima Filho e Renato Dagnino), outros amigos, trabalhadores, trabalhadoras e representantes dos movimentos sociais argentinos e uruguaios. O projeto de pesquisa nasceu de um convênio entre a Universidade de Buenos Aires (UBA) e a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) para investigar o processo de Adequação Sócio-Técnica (AST) nas FRs[3]. Antes de inserir o tema de pesquisa, optou-se por esclarecer uma interpretação de senso comum que nos parece equivocada e vem sendo disseminada tanto na Argentina como no Brasil. Para muitos teóricos apressados, o movimento luddita pode ser caracterizado como sendo um movimento primitivo, anti-progresso, inútil, que direcionava seus ataques de forma ingênua à maquinaria, e não ao sistema capitalista. Ou melhor dizendo, o senso comum vê um equívoco no foco da luta luddita ao quebrar máquinas quando o que se deveria questionar na verdade é o uso que se faz destas na sociedade capitalista. Para o caso das FRs, isso significaria dizer – equivocadamente - que o problema reside simplesmente em herdar as forças produtivas, posição esta que é dominante na Argentina e Uruguai, “sem promover significativas modificações na estrutura tecnológica herdada” (NOVAES e DAGNINO, 2004, p.34).
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