Os reflexos socioambientais da expansão metropolitana de Belém sobre a Comunidade Remanescente Quilombola de Abacatal (CRQA)

Neste artigo, buscamos levantar e avaliar os impactos da expansão urbana sobre a Comunidade Remanescente Quilombola de Abacatal (CRQA). Esta comunidade, mesmo detentora do título da terra e do reconhecimento pela Fundação Cultural Palmares (FCP), enfrenta desafios para a sua autopreservação, uma vez...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Eliezilda Oliveira de Sousa, Priciane Cristina Correa Ribeiro, Heloisa Negri Sanches
Formato: article
Lenguaje:PT
Publicado: Universidade Estadual de Montes Claros 2020
Materias:
G
Acceso en línea:https://doaj.org/article/9ddfbe3e685c4fb4a9869919319c1d9f
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Sumario:Neste artigo, buscamos levantar e avaliar os impactos da expansão urbana sobre a Comunidade Remanescente Quilombola de Abacatal (CRQA). Esta comunidade, mesmo detentora do título da terra e do reconhecimento pela Fundação Cultural Palmares (FCP), enfrenta desafios para a sua autopreservação, uma vez que se localiza a 8 km de Ananindeua, o segundo município mais populoso do Estado do Pará. O delineamento do estudo se deu por meio da coleta de dados in loco, bem como, levantamento bibliográfico-documental, que foram analisados à luz da teoria do direito às liberdades de Sen (2010) e da teoria da racionalidade ambiental de Leff (2015).  Devido à proximidade com a zona urbana, nas imediações da comunidade foram observados empreendimentos imobiliários que vêm promovendo impactos ligados ao saneamento ambiental; além destes, destacam-se ainda os problemas sociais relacionados à violência e o pouco acesso às políticas públicas. O estudo mostrou que a comunidade, apesar de sofrer forte impacto da expansão urbana sobre o seu território, busca resistir e se organizar, apoiada por outras instâncias sociais, em defesa do direito à liberdade de manter seu modo de vida baseado na produção tradicional e na conservação do seu ambiente natural.