GIST Gástrico - Experiência do INCA

Introdução: Tumor estromal gastrointestinal (GIST) é uma doença relativamente rara e a cirurgia se constitui no tratamento principal deste tumor. Existem apenas poucos centros com experiência no tratamento desta neoplasia. O objetivo do trabalho é analisar os resultados do tratamento cirúrgico dos...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Marcus Valadão, Eduardo Linhares, Leonaldson Castro, Carlos Eduardo Pinto, Rodrigo Lugão, Cláudio Quadros, Ivanir Martins
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) 2004
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/a57275598518488abc6173598324b531
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Descripción
Sumario:Introdução: Tumor estromal gastrointestinal (GIST) é uma doença relativamente rara e a cirurgia se constitui no tratamento principal deste tumor. Existem apenas poucos centros com experiência no tratamento desta neoplasia. O objetivo do trabalho é analisar os resultados do tratamento cirúrgico dos pacientes portadores de GIST gástrico operados em uma mesma instituição. Métodos: Estudo retrospectivo baseado na análise de 20 pacientes com diagnóstico confirmado de GIST gástrico operados no Instituto Nacional do Câncer (INCA- Rio de Janeiro) entre 1986 e 2000. Todos os dados foram revisados, enfocando-se as características histopatológicas (localização, número de mitoses e tamanho do tumor), as características dos pacientes (idade, sexo e apresentação clínica) e os resultados cirúrgicos (tipos de cirurgia, morbidade, mortalidade e sobrevida de acordo com a classificação proposta por Shiu). Resultados: Onze pacientes eram do sexo masculino e 9 do sexo feminino. A mediana de idade foi de 57 anos. O tamanho médio do tumor foi de 14,7 cm. Setenta por cento dos pacientes tinham tumor de alto grau e 65% dos tumores se localizavam na porção proximal do estômago. Gastrectomia subtotal foi realizada em 50% dos casos, gastrectomia total em 35% e gastrectomia atípica em 10%. Ressecção gástrica isolada foi realizada em seis casos (grupo 1), ressecção de dois órgãos foi feita em cinco casos (grupo 2) e ressecção de mais de dois órgãos em oito casos (grupo 3). A morbidade operatória global foi de 35%. O grupo 1 não teve morbidade, o grupo 2 teve morbidade de 20% e o grupo 3, de 70%. A mortalidade operatória foi de 10% (2 pacientes). Dez por cento dos pacientes foram classificados como estádio 0, 25% como estádio I e 65%, estádio II de acordo com a classificação de Shiu. A sobrevida em 5 anos para o estádio 0 foi de 100% enquanto que o estádio II apresentou sobrevida nula em 5 anos. Conclusão: A alta morbi-mortalidade desta casuística é devido à presença de doença avançada ao diagnóstico, havendo necessidade de ressecções multiorgânicas a fim de se obter cirurgia R0. A cirurgia é o tratamento principal, porém isolada é insuficiente para se atingir sobrevida longa em doença avançada.