Ajustamento interno em uma economia heterogênea e seus efeitos sobre a distribuição de renda: o caso brasileiro
A política econômica recessiva do governo brasileiro, derivada principalmente da crise do balanço de pagamentos e das políticas de estabilização adotadas a partir de 1980 , tem sido particularmente nefasta para os segmentos populacionais mais pobres, os quais tem absorvido a maior parte dos custos...
Guardado en:
Autor principal: | |
---|---|
Formato: | article |
Lenguaje: | EN PT |
Publicado: |
Universidade de São Paulo
1986
|
Materias: | |
Acceso en línea: | https://doaj.org/article/ae240fff8a484d5e853595cca094644e |
Etiquetas: |
Agregar Etiqueta
Sin Etiquetas, Sea el primero en etiquetar este registro!
|
Sumario: | A política econômica recessiva do governo brasileiro, derivada principalmente da crise do balanço de pagamentos e das políticas de estabilização adotadas a partir de 1980 , tem sido particularmente nefasta para os segmentos populacionais mais pobres, os quais tem absorvido a maior parte dos custos internos do ajustamento. Ademais, tal política traz em seu bojo, invariavelmente, uma conjugação de forças altamente regressivas do ponto de vista distributiva, pois, nos períodos recessivos, o impacto negativo sobre o produto, o emprego e a renda e acompanhado por efeitos perversos sobre a distribuição de renda, tanto funcional quanto pessoal. E exatamente essa possibilidade que se pretende explorar neste estudo. Mais precisamente, procura-se mostrar que o uso do arsena de medidas de ajuste do tipo ortodoxo, não seletivo, em economias estruturalmente heterogêneas e com mercados diferenciados de trabalho tende a aumentar a iniqiiidade distributiva de renda. Enfase especial sera dada a compreensão dos pressupostos contidos na teoria da "heterogeneidade estrutural" cujo entendimento da distribuição do produto social e visto em conexâo com as particularidades das estruturas produtivas e sociais dos países latino-americanos.
|
---|