Infodemia e construção sígnica – movimentos responsivos sob a retórica da pós-verdade
Sob a retórica da pós-verdade, a infodemia e a desinformação atingiram grandes proporções, com impactos negativos na esfera social (KALIL; SANTINI, 2020; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2020), gerando um cenário de instabilidade, marcado por imprecisão, medo, marginalização e preconceitos. Visando con...
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Autores principales: | , |
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Formato: | article |
Lenguaje: | PT |
Publicado: |
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
2021
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://doaj.org/article/b2fe8800077041caa7522c8b786f968a |
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Sumario: | Sob a retórica da pós-verdade, a infodemia e a desinformação atingiram grandes proporções, com impactos negativos na esfera social (KALIL; SANTINI, 2020; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2020), gerando um cenário de instabilidade, marcado por imprecisão, medo, marginalização e preconceitos. Visando contribuir para as práticas de letramento em leitura nas instâncias formativas, especialmente, as educacionais, neste artigo iremos explorar o fenômeno da desinformação (ALLCOTT; GENTZKOW, 2017; WARDLE; DERAKHSHAN, 2017), tomando como objeto analítico o discurso de abertura do presidente Jair Messias Bolsonaro, na 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, proferido em setembro de 2020. Grande parte desse discurso consiste em informações imprecisas e desprovidas de argumentos fundamentados, sobretudo, no que se refere ao contexto da pandemia pela Covid-19 no Brasil e à destruição de biomas brasileiros de extrema relevância para o ecossistema mundial. Considerando o evento enunciativo em análise, buscamos compreender e problematizar como as posições avaliativas do enunciador, atravessadas pelos valores ideológicos do(s) lugar(es) que ocupa no contexto sócio-histórico, podem ser capazes de afetar a interlocução com a sociedade. Com a pretensão de atingir o objetivo proposto, recorremos ao aporte teórico desenvolvido pelo círculo bakhtiniano, especialmente, os conceitos de responsividade, posicionamento axiológico e refração (BAKHTIN, 2011; 2017; VOLÓCHINOV, 2013; 2017), e a considerações acerca do discurso polêmico construído sob o viés do dissenso (AMOSSY, 2015; 2017).
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