Perfil das Pacientes com Câncer do Colo do Útero no Brasil, 2000-2009: Estudo de Base Secundária

Introdução: O controle do câncer do colo do útero foi definido como prioridade nas políticas públicas de saúde no Brasil, devido à sua alta incidência, morbidade e mortalidade. Objetivo: Descrever as características demográficas e clínicas da população com câncer do colo do útero no país, diagnostic...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Luiz Claudio Santos Thuler, Anke Bergmann, Letícia Casado
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) 2012
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/b4f84e9f35f64964af7813b3b9c4de5c
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Sumario:Introdução: O controle do câncer do colo do útero foi definido como prioridade nas políticas públicas de saúde no Brasil, devido à sua alta incidência, morbidade e mortalidade. Objetivo: Descrever as características demográficas e clínicas da população com câncer do colo do útero no país, diagnosticada no período de 2000 a 2009. Método: Estudo observacional dos casos analíticos de câncer do colo do útero inseridos no Módulo Integrador dos Registros Hospitalares de Câncer e no Registro Hospitalar de Câncer do Estado de São Paulo. Foi realizada análise descritiva das variáveis. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do INCA sob o número 128/11. Resultados: Foram incluídos 77.317 casos. O número de casos e a distribuição proporcional dos estadiamentos foram semelhantes nos dois quinquênios analisados (2000-2004 versus 2005-2009). A média de idade ao diagnóstico foi de 49,2 anos (55,3% tinham menos de 50 anos), com predomínio de mulheres de cor parda (47,9%), com ensino fundamental incompleto (49,0%) e casadas (51,5%). O estadiamento III foi o mais frequente (29,0%) e na maioria dos casos o tipo histológico foi carcinoma (91,3%). Ao final do primeiro tratamento, 48,9% encontravam-se sem evidência de doença ou em remissão completa. Conclusão: No Brasil, mulheres com diagnóstico de câncer do colo do útero diagnosticadas entre 2000 e 2009 eram em sua maioria jovens, de cor parda, com baixa escolaridade, casadas, apresentaram estadiamento avançado ao diagnóstico e evoluíram sem evidência de doença ou para remissão completa ao final do primeiro tratamento.