Restringindo o tempo da Cesárea Eletiva: evidências do Brasil
O Brasil possui uma das maiores taxas de cesáreas do mundo: uma parcela de 58,3% segundo o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) 2015-2017. A parcela está acima da taxa máxima de 15% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Neste artigo, estimamos os impactos e consequências n...
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Formato: | article |
Lenguaje: | EN PT |
Publicado: |
Universidade de São Paulo
2021
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://doaj.org/article/b50e7a87bdf946f5b135c9b5864d2e32 |
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Sumario: | O Brasil possui uma das maiores taxas de cesáreas do mundo: uma parcela de 58,3% segundo o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) 2015-2017. A parcela está acima da taxa máxima de 15% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Neste artigo, estimamos os impactos e consequências não intencionais da Resolução 2.144 do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre os outcomes de Primogênitos de Baixo Risco (LRFB). A Resolução introduz um mínimo de 39 semanas de gestação para a cesárea eletiva. A taxa da cesárea eletiva antes da 39ª semana caiu 2,78 pontos percentuais, o que é estatisticamente significativo e equivalente a uma redução de 24% na média desse resultado. Também encontramos aumentos na duração do tempo de nascimento: a porcentagem de partos ocorridos antes da 39ª semana diminuiu 2,34 pontos percentuais, o que é uma diminuição de 6% em sua média. Nossos resultados sugerem que as cesáreas eletivas foram adiadas da 37-38ª semana para após o início da 39ª semana. Mostramos também que a política teve uma consequência não intencional, uma vez que ela parece ter mudado a maneira como potenciais partos naturais são antecipados de fins de semana para dias de semana por meio da cesárea agendada.
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