O papel que aprisiona

Este trabalho busca refletir acerca dos significados presentes no conto “O papel de parede amarelo”, de Charlotte Perkins Gilman (2017), publicado em 1892. Intenta-se, também, entender como são discutidos, no texto, os aprisionamentos das mulheres a papéis sociais. Por meio de uma narrativa em prime...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales:	Juliana Prestes de Oliveira, Nícollas Cayann Teixeira Dutra, Amanda Laís Jacobsen de Oliveira, Anselmo Peres Alós
Formato:	article
Lenguaje:	PT
Publicado:	Universidade de Santa Cruz do Sul 2020
Materias:	papel de parede amarelo. mulheres. aprisionamento. charlotte gilman. Language and Literature P Philology. Linguistics P1-1091
Acceso en línea:	https://doaj.org/article/b538ee13fc4a4ea9b8c8b77953e01471
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spelling	oai:doaj.org-article:b538ee13fc4a4ea9b8c8b77953e014712021-11-11T14:06:31ZO papel que aprisiona0101-18121982-201410.17058/signo.v45i84.15540https://doaj.org/article/b538ee13fc4a4ea9b8c8b77953e014712020-09-01T00:00:00Zhttps://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/15540https://doaj.org/toc/0101-1812https://doaj.org/toc/1982-2014Este trabalho busca refletir acerca dos significados presentes no conto “O papel de parede amarelo”, de Charlotte Perkins Gilman (2017), publicado em 1892. Intenta-se, também, entender como são discutidos, no texto, os aprisionamentos das mulheres a papéis sociais. Por meio de uma narrativa em primeira pessoa, no conto é possível conhecer a história de uma personagem mulher que foi forçada ao confinamento por seu marido e médico, John. A escolha do marido em fazer isso se dá com a intenção de curá-la de uma depressão nervosa e, assim, a proíbe de fazer qualquer esforço físico ou mental. Por meio da teoria de Laqueur (2001) sobre a invenção do sexo, compreende-se que o discurso científico é apresentado no texto como uma ferramenta de poder, pelo qual mulheres eram mantidas presas aos papéis sociais de esposa e mãe. A teoria de Luce Irigaray (1992) auxilia no entendimento sobre a linguagem como meio de manutenção do patriarcado, por isso a dificuldade da protagonista em libertar-se com auxílio da escrita sobre si. Ao ficar aprisionada em um quarto decorado com um horroroso papel de parede amarelo, a protagonista fica obcecada pela estampa do mesmo, discorrendo sobre ele e seus padrões. Tal narrativa permite traçar paralelos com as situações vivenciadas por ela, enquanto mulher e esposa, e por várias mulheres, em nossa sociedade. Além disso, nela é possível perceber a imposição de papéis sociais como uma das práticas usadas pelo patriarcalismo para subjugar e determinar o comportamento feminino.Juliana Prestes de OliveiraNícollas Cayann Teixeira DutraAmanda Laís Jacobsen de OliveiraAnselmo Peres AlósUniversidade de Santa Cruz do Sularticlepapel de parede amarelo. mulheres. aprisionamento. charlotte gilman.Language and LiteraturePPhilology. LinguisticsP1-1091PTSigno, Vol 45, Iss 84, Pp 12-21 (2020)
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description	Este trabalho busca refletir acerca dos significados presentes no conto “O papel de parede amarelo”, de Charlotte Perkins Gilman (2017), publicado em 1892. Intenta-se, também, entender como são discutidos, no texto, os aprisionamentos das mulheres a papéis sociais. Por meio de uma narrativa em primeira pessoa, no conto é possível conhecer a história de uma personagem mulher que foi forçada ao confinamento por seu marido e médico, John. A escolha do marido em fazer isso se dá com a intenção de curá-la de uma depressão nervosa e, assim, a proíbe de fazer qualquer esforço físico ou mental. Por meio da teoria de Laqueur (2001) sobre a invenção do sexo, compreende-se que o discurso científico é apresentado no texto como uma ferramenta de poder, pelo qual mulheres eram mantidas presas aos papéis sociais de esposa e mãe. A teoria de Luce Irigaray (1992) auxilia no entendimento sobre a linguagem como meio de manutenção do patriarcado, por isso a dificuldade da protagonista em libertar-se com auxílio da escrita sobre si. Ao ficar aprisionada em um quarto decorado com um horroroso papel de parede amarelo, a protagonista fica obcecada pela estampa do mesmo, discorrendo sobre ele e seus padrões. Tal narrativa permite traçar paralelos com as situações vivenciadas por ela, enquanto mulher e esposa, e por várias mulheres, em nossa sociedade. Além disso, nela é possível perceber a imposição de papéis sociais como uma das práticas usadas pelo patriarcalismo para subjugar e determinar o comportamento feminino.
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O papel que aprisiona

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