A laranjas e a pandemia: a poética da mistura nas aquarelas de Maria Esmênia
Neste ensaio, intentamos apresentar uma reflexão acerca da poética da “mistura”, (COCCIA, 2018), costurando a leitura de uma série de obras artísticas produzidas pela aquarelista Maria Esmênia, que foram postadas em sua página no Facebook durante o início da pandemia em 2020, relegando-nos ao dist...
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Universidade Federal de Santa Catarina
2021
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oai:doaj.org-article:b7b0893ce472419fafd224c0a10731622021-12-03T14:36:49ZA laranjas e a pandemia: a poética da mistura nas aquarelas de Maria Esmênia10.5007/2175-7917.2021.e786641414-52352175-7917https://doaj.org/article/b7b0893ce472419fafd224c0a10731622021-12-01T00:00:00Zhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/78664https://doaj.org/toc/1414-5235https://doaj.org/toc/2175-7917 Neste ensaio, intentamos apresentar uma reflexão acerca da poética da “mistura”, (COCCIA, 2018), costurando a leitura de uma série de obras artísticas produzidas pela aquarelista Maria Esmênia, que foram postadas em sua página no Facebook durante o início da pandemia em 2020, relegando-nos ao distanciamento físico e levando-nos a uma proximidade virtual. Nosso objetivo é problematizar aqui uma leitura que pretende ser estética e política ao mesmo tempo, ao abordar as formas e cores da passagem do tempo pandêmico na vida e na obra dessa artista. Vemos na série de pinturas/colagens/fotomontagens de laranjas realizadas por Maria Esmênia, e nas cores que se transformam (CRUZ, 2001), um detalhe (RANCIÈRE, 2009), um biografema (BARTHES, 2003), um instante-já (LISPECTOR, 1973), que contam a história. Assim procedendo, procuramos fazer uma leitura de um fragmento de obra de uma artista com sua singularidade, mas também remetendo-nos a um coletivo, aos elos dessa poética com um comportamento social comum a outros artistas, cada um em seu momento de vida e singularidade, todos compartilhando em seus corpos as marcas do processo do tempo (GOLDEMBERG, 2013) que passa, misturando-se com a prática artística na vida cotidiana da cidade, num movimento estético urbano espalhado pelo mundo. Ana Maria Alves de SouzaUniversidade Federal de Santa CatarinaarticleMisturaAquarelaCorDetalheMaria EsmêniaLanguage and LiteraturePLiterature (General)PN1-6790PTAnuário de Literatura, Vol 26 (2021) |
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Neste ensaio, intentamos apresentar uma reflexão acerca da poética da “mistura”, (COCCIA, 2018), costurando a leitura de uma série de obras artísticas produzidas pela aquarelista Maria Esmênia, que foram postadas em sua página no Facebook durante o início da pandemia em 2020, relegando-nos ao distanciamento físico e levando-nos a uma proximidade virtual. Nosso objetivo é problematizar aqui uma leitura que pretende ser estética e política ao mesmo tempo, ao abordar as formas e cores da passagem do tempo pandêmico na vida e na obra dessa artista. Vemos na série de pinturas/colagens/fotomontagens de laranjas realizadas por Maria Esmênia, e nas cores que se transformam (CRUZ, 2001), um detalhe (RANCIÈRE, 2009), um biografema (BARTHES, 2003), um instante-já (LISPECTOR, 1973), que contam a história. Assim procedendo, procuramos fazer uma leitura de um fragmento de obra de uma artista com sua singularidade, mas também remetendo-nos a um coletivo, aos elos dessa poética com um comportamento social comum a outros artistas, cada um em seu momento de vida e singularidade, todos compartilhando em seus corpos as marcas do processo do tempo (GOLDEMBERG, 2013) que passa, misturando-se com a prática artística na vida cotidiana da cidade, num movimento estético urbano espalhado pelo mundo.
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