As contas dos escravos numa economia agrária: clientes de uma casa de comercial no interior de Santa Catarina (Brasil, 1875-1876)

Discutimos os negócios dos escravos a partir das correntes como clientes de uma casa comercial em uma economia voltada para o mercado interno ao final do período escravista, evolvendo débitos e créditos, dinheiro e mercadorias. Os cativos forneceram milho e feijão e compraram um leque amplo de prod...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Renato Leite Marcondes
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Universidade de São Paulo 2020
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/badb74e1b5c84e159e25360605f8f8ca
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Sumario:Discutimos os negócios dos escravos a partir das correntes como clientes de uma casa comercial em uma economia voltada para o mercado interno ao final do período escravista, evolvendo débitos e créditos, dinheiro e mercadorias. Os cativos forneceram milho e feijão e compraram um leque amplo de produtos, compreendendo alimentos, vestuário e utensílios. Em quase um terço dos lançamentos eles transacionaram dinheiro, representando a principal despesa debitada aos escravos, inclusive para o pagamento do seu escravista. Essas numerosas transações de valores substantivos dos escravos em pouco mais de um ano demonstram uma capacidade reiterada de manter negócios com a casa comercial. Embora apenas uma pequena parte deles alcançassem condições de acumular pecúlio, somente uma parcela ainda menor conseguiu sonhar com a liberdade.