Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil: uma Revisão Sistemática

No Brasil, devido às mudanças nos perfis demográfico, epidemiológico e nutricional da população e ao controle conseguido em um número de enfermidades transmissíveis, vêm observando-se, nas últimas décadas, uma inversão do perfil epidemiológico com redução das doenças infecciosas e o aumento signifi...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Letícia Casado, Lucia Marques Vianna, Luiz Claudio Santos Thuler
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) 2009
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/bc6bfd1765774427975ad5f4620f7643
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Descripción
Sumario:No Brasil, devido às mudanças nos perfis demográfico, epidemiológico e nutricional da população e ao controle conseguido em um número de enfermidades transmissíveis, vêm observando-se, nas últimas décadas, uma inversão do perfil epidemiológico com redução das doenças infecciosas e o aumento significativo da prevalência das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Essa mudança justifica o estudo dos fatores de risco e determinantes sociais das doenças crônico-degenerativas no país. O presente trabalho teve por objetivo conhecer a prevalência da exposição da população aos principais fatores de risco para o desenvolvimento de DCNTs no Brasil. Foi realizada uma revisão sistemática dos artigos publicados na literatura científica, a partir das bases de dados on-line Lilacs e Medline, entre 2003 e 2008, em português. As prevalências variaram conforme os critérios utilizados e as características das populações estudadas, sendo obtidos os seguintes valores mínimo e máximo para cada um dos fatores de risco estudados: tabagismo 8,7% a 28,8%, uso abusivo de álcool 0,1% a 37,7%, excesso de peso 1,5% a 49,0%, obesidade 9,4% a 17,6%, sedentarismo 20,1% a 43,1%, hipertensão arterial 5,3% a 34,0%, diabetes mellitus 2,7% a 7,8%. A variação no grau de exposição da população aos fatores de risco presentes nos diversos estudos aponta para a necessidade de padronização dos instrumentos de medida, a fim de que os resultados obtidos nas diferentes localidades possam ser comparados. Além disso, as altas prevalências observadas em algumas áreas indicam a necessidade de intervenções imediatas por meio da implementação de estratégias de prevenção e promoção da saúde dirigidas à redução da exposição da população brasileira aos fatores associados ao risco de desenvolvimento das DCNTs.