Língua e a discursividade na tradução do literário
Data de 1943-1944, o período de produção do discurso literário Animal Farm, de George Orwell, traduzido do inglês para o português, primeiramente, por Heitor Aquino Ferreira, em 1964, com o título A Revolução dos Bichos. A tradução possibilitou a leitores, usuários do português, o acesso a um discur...
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Universidade de Santa Cruz do Sul
2021
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oai:doaj.org-article:c279e274d90743f98c921c96f6f81ba32021-11-11T14:06:30ZLíngua e a discursividade na tradução do literário0101-18121982-201410.17058/signo.v46i87.16528https://doaj.org/article/c279e274d90743f98c921c96f6f81ba32021-10-01T00:00:00Zhttps://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/16528https://doaj.org/toc/0101-1812https://doaj.org/toc/1982-2014Data de 1943-1944, o período de produção do discurso literário Animal Farm, de George Orwell, traduzido do inglês para o português, primeiramente, por Heitor Aquino Ferreira, em 1964, com o título A Revolução dos Bichos. A tradução possibilitou a leitores, usuários do português, o acesso a um discurso de posicionamento revolucionário, textualizado por meio do gênero literário fábula e de estratégias linguístico-discursivas advindas da competência discursiva do tradutor. Com isso em vista, este artigo tem por objetivo examinar em Animal Farm e em A Revolução dos Bichos, a forma como o autor e o tradutor se posicionam culturalmente no funcionamento discursivo. Objetivamos verificar, também, o modo como as condições sócio-históricas e linguístico-culturais dialogam no regime da produção e da tradução. Para fundamentar nossa análise, recorremos aos Estudos da Tradução, conforme Venuti, (2002) e Lefevere (1992) em diálogo com a Linguística, particularmente, à Análise do Discurso de linha francesa (AD), na perspectiva enunciativo-discursiva proposta por Maingueneau (2007, 2015, 2018). Assim, colocamos em paralelo a produção original e a tradução, observando a dimensão linguístico-discursiva e o confronto de posicionamentos. Os resultados deste estudo revelam que os discursos literários Animal Farm e A Revolução dos Bichos não se constituem somente um espaço de confrontos estético-políticos, mas também um lugar onde o tradutor se coloca em relação de concorrência cultural com o autor, principalmente, pelo investimento no código linguageiro, entendido como registro desigual de posicionamentos socioculturais, revelados por meio das respectivas condições sócio-históricas de produção e de tradução.Paulo Garcia de AlmeidaJarbas Vargas NascimentoUniversidade de Santa Cruz do Sularticleestudos da traduçãoanálise do discurso literárioanimal farma revolução dos bichos.Language and LiteraturePPhilology. LinguisticsP1-1091PTSigno, Vol 46, Iss 87 (2021) |
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estudos da tradução análise do discurso literário animal farm a revolução dos bichos. Language and Literature P Philology. Linguistics P1-1091 |
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estudos da tradução análise do discurso literário animal farm a revolução dos bichos. Language and Literature P Philology. Linguistics P1-1091 Paulo Garcia de Almeida Jarbas Vargas Nascimento Língua e a discursividade na tradução do literário |
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Data de 1943-1944, o período de produção do discurso literário Animal Farm, de George Orwell, traduzido do inglês para o português, primeiramente, por Heitor Aquino Ferreira, em 1964, com o título A Revolução dos Bichos. A tradução possibilitou a leitores, usuários do português, o acesso a um discurso de posicionamento revolucionário, textualizado por meio do gênero literário fábula e de estratégias linguístico-discursivas advindas da competência discursiva do tradutor. Com isso em vista, este artigo tem por objetivo examinar em Animal Farm e em A Revolução dos Bichos, a forma como o autor e o tradutor se posicionam culturalmente no funcionamento discursivo. Objetivamos verificar, também, o modo como as condições sócio-históricas e linguístico-culturais dialogam no regime da produção e da tradução. Para fundamentar nossa análise, recorremos aos Estudos da Tradução, conforme Venuti, (2002) e Lefevere (1992) em diálogo com a Linguística, particularmente, à Análise do Discurso de linha francesa (AD), na perspectiva enunciativo-discursiva proposta por Maingueneau (2007, 2015, 2018). Assim, colocamos em paralelo a produção original e a tradução, observando a dimensão linguístico-discursiva e o confronto de posicionamentos. Os resultados deste estudo revelam que os discursos literários Animal Farm e A Revolução dos Bichos não se constituem somente um espaço de confrontos estético-políticos, mas também um lugar onde o tradutor se coloca em relação de concorrência cultural com o autor, principalmente, pelo investimento no código linguageiro, entendido como registro desigual de posicionamentos socioculturais, revelados por meio das respectivas condições sócio-históricas de produção e de tradução. |
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