Capital e colonização: a constituição da periferia do sistema capitalista mundial

Este artigo tem dois objetivos. Em primeiro lugar, discutir as linhas principais da historiografia sobre o período colonial brasileiro, da perspectiva dos seus fundamentos metodológicos. Esta análise crítica da historiografia parte de uma leitura de Marx que resgata a herança da dialética hegeliana...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Rodrigo Alves Teixeira
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Universidade de São Paulo 2006
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/c744783f5612436994e92556b981b432
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Sumario:Este artigo tem dois objetivos. Em primeiro lugar, discutir as linhas principais da historiografia sobre o período colonial brasileiro, da perspectiva dos seus fundamentos metodológicos. Esta análise crítica da historiografia parte de uma leitura de Marx que resgata a herança da dialética hegeliana na compreensão da concepção marxiana da História. Em segundo lugar, a partir da defesa de um dos modelos propostos no debate, baseado na categoria capital escravista-mercantil como uma particular forma do capital que existiu no período colonial, busca-se avançar na compreensão deste período argumentando que ele faz parte de um processo histórico de consolidação do capitalismo enquanto um sistema mundial, processo esse que tem o capital como um sujeito automático. Defendemos que a força da forma capital prescinde da generalização das relações burguesas "típicas" para todo o globo, e que o sistema colonial não deve ser interpretado como um outro modo de produção, nem como sendo apenas uma peça da engrenagem da acumulação primitiva de capital. O "sentido da colonização" é, portanto, a constituição da periferia de um sistema capitalista mundial.