O corpo enfermo e a morte como dádivas: uma análise da antropologia do dom no filme Gritos e sussurros de Ingmar Bergman
Ingmar Bergman, cineasta sueco, filho de um rigoroso pastor luterano, ao longo da segunda metade do século XX, deu ao mundo preciosidades da sétima arte. A sua filmografia evoca memorias de infância e revela as inquietudes existenciais de adulto, entre as quais estão a existência ou não de Deus, a...
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Formato: | article |
Lenguaje: | EN ES |
Publicado: |
Universidad de San Buenaventura
2012
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://doaj.org/article/c89c32e133e24e2a92f87332c039a529 |
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Sumario: | Ingmar Bergman, cineasta sueco, filho de um rigoroso pastor luterano, ao longo da segunda metade do século XX, deu ao mundo preciosidades da sétima arte. A sua filmografia evoca memorias de infância e revela as inquietudes existenciais de adulto, entre as quais estão a existência ou não de Deus, a morte e sua recriação estética. O destaque para as personagens femininas marca o cinema bergmaniano. As mulheres são centrais e os homens periféricos ou meros coadjuvantes Gritos e sussurros (Viskingar och rop, 1972), uma de suas obras-primas, tem esta estampa do feminino. Quatro mulheres estão reclusas numa casa, enquanto uma delas padece de uma doença terminal construindo o seu próprio discurso sobre a enfermidade. São três irmãs e uma criada. A casa está repleta de memórias da infância. Desta forma, busco neste ensaio encontrar um elo entre as relações afetuosas ou a recusa delas, nas personagens de Gritos e sussurros e a noção de dom consoante aparece no Ensaio sobre a dádiva de Marcel Mauss e as reelaborações críticas produzidas por Maurice Godelier em O enigma do dom e Alain Caillé em Antropologia do dom.
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