O corpo enfermo e a morte como dádivas: uma análise da antropologia do dom no filme Gritos e sussurros de Ingmar Bergman

Ingmar Bergman, cineasta sueco, filho de um rigoroso pastor luterano, ao longo da segunda metade do século XX, deu ao mundo preciosidades da sétima arte. A sua filmografia evoca memorias de infância e revela as inquietudes existenciais de adulto, entre as quais estão a existência ou não de Deus, a...

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Autor principal: Edilson Baltazar Barreira Júnior
Formato: article
Lenguaje:EN
ES
Publicado: Universidad de San Buenaventura 2012
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Acceso en línea:https://doaj.org/article/c89c32e133e24e2a92f87332c039a529
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spelling oai:doaj.org-article:c89c32e133e24e2a92f87332c039a5292021-12-02T15:04:33ZO corpo enfermo e a morte como dádivas: uma análise da antropologia do dom no filme Gritos e sussurros de Ingmar Bergman10.21500/22563202.23661794-192X2256-3202https://doaj.org/article/c89c32e133e24e2a92f87332c039a5292012-12-01T00:00:00Zhttps://revistas.usbbog.edu.co/index.php/GuillermoOckham/article/view/2366https://doaj.org/toc/1794-192Xhttps://doaj.org/toc/2256-3202 Ingmar Bergman, cineasta sueco, filho de um rigoroso pastor luterano, ao longo da segunda metade do século XX, deu ao mundo preciosidades da sétima arte. A sua filmografia evoca memorias de infância e revela as inquietudes existenciais de adulto, entre as quais estão a existência ou não de Deus, a morte e sua recriação estética. O destaque para as personagens femininas marca o cinema bergmaniano. As mulheres são centrais e os homens periféricos ou meros coadjuvantes  Gritos e sussurros (Viskingar och rop, 1972), uma de suas obras-primas, tem esta estampa do feminino. Quatro mulheres estão reclusas numa casa, enquanto uma delas padece de uma doença terminal construindo o seu próprio discurso sobre a enfermidade. São três irmãs e uma criada. A casa está repleta de memórias da infância. Desta forma, busco neste ensaio encontrar um elo entre as relações afetuosas ou a recusa delas, nas personagens de Gritos e sussurros e a noção de dom consoante aparece no Ensaio sobre a dádiva de Marcel Mauss e as reelaborações críticas produzidas por Maurice Godelier em O enigma do dom e Alain Caillé em Antropologia do dom. Edilson Baltazar Barreira JúniorUniversidad de San BuenaventuraarticleCinemaIngmar Bergmancorpodom e morteSocial sciences (General)H1-99ENESRevista Guillermo de Ockham, Vol 10, Iss 2 (2012)
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Edilson Baltazar Barreira Júnior
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description Ingmar Bergman, cineasta sueco, filho de um rigoroso pastor luterano, ao longo da segunda metade do século XX, deu ao mundo preciosidades da sétima arte. A sua filmografia evoca memorias de infância e revela as inquietudes existenciais de adulto, entre as quais estão a existência ou não de Deus, a morte e sua recriação estética. O destaque para as personagens femininas marca o cinema bergmaniano. As mulheres são centrais e os homens periféricos ou meros coadjuvantes  Gritos e sussurros (Viskingar och rop, 1972), uma de suas obras-primas, tem esta estampa do feminino. Quatro mulheres estão reclusas numa casa, enquanto uma delas padece de uma doença terminal construindo o seu próprio discurso sobre a enfermidade. São três irmãs e uma criada. A casa está repleta de memórias da infância. Desta forma, busco neste ensaio encontrar um elo entre as relações afetuosas ou a recusa delas, nas personagens de Gritos e sussurros e a noção de dom consoante aparece no Ensaio sobre a dádiva de Marcel Mauss e as reelaborações críticas produzidas por Maurice Godelier em O enigma do dom e Alain Caillé em Antropologia do dom.
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