Significados da Dor Crônica na Sobrevivência ao Câncer de Mama

Introdução: A dor crônica é um problema comum em sobreviventes de câncer de mama. Objetivo: Compreender os significados atribuídos por mulheres, sobreviventes de câncer de mama, à experiência de viver com dor crônica. Método: Para alcance dos objetivos, realizou-se uma pesquisa qualitativa com base...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Paloma Gomes, Fernando Lopes Tavares de Lima, Antonio Tadeu Cheriff dos Santos
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) 2020
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/ebd58e57675949beb89b6375d962a144
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Sumario:Introdução: A dor crônica é um problema comum em sobreviventes de câncer de mama. Objetivo: Compreender os significados atribuídos por mulheres, sobreviventes de câncer de mama, à experiência de viver com dor crônica. Método: Para alcance dos objetivos, realizou-se uma pesquisa qualitativa com base na hermenêutica-dialética, em hospital referência em oncologia do Rio de Janeiro. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com seis sobreviventes de câncer de mama de longo prazo, entre julho e outubro de 2018. Resultados: Quatro abrangentes sentidos sociais ganham relevo no material empírico: dor como consequência do tratamento; dor como um processo cenestésico; dor como tributo à doença sofrida; e dor como expressão de afetos e apegos. São relatos que apontam para um balanço da experiência como busca de uma explicação para a dor total sentida. A sobrevivência é experienciada como um processo de transição, aceitação e construção de novas identidades biográficas que só são possíveis de serem compreendidas e cuidadas levando-se em conta as dimensões biológica, emocional, social e espiritual. Conclusão: As narrativas partem de uma dor como fragmentação, murmúrio e monólogo do corpo, para uma situação de convívio, expressão de afetos e aceitação da dor como transição para sobrevivência. O estudo reforça a necessidade da estruturação de uma linha de cuidados que tenha na escuta ativa e qualificada das narrativas de dor o ponto básico para o desenvolvimento de um cuidado na sobrevivência ao câncer humanizado.