De agredidos a agressores: um estudo sobre as relações sociais entre senhores e escravos no Paraná do século XIX

Embora Fugindo às peculiaridades que caracterizaram o sistema escravista nas regiões de grande lavoura e de o período analisado corresponder à sua fase de desagregação dentro da própria conjuntura paranaense, constatou-se, através do dia-a-dia das publicações dos jornais do Paraná de 1871 a 1888, q...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Márcia Elisa de Campos Graf
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Universidade de São Paulo 1988
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/f245667cc45a4c6d95b8c0e1403eaf96
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Sumario:Embora Fugindo às peculiaridades que caracterizaram o sistema escravista nas regiões de grande lavoura e de o período analisado corresponder à sua fase de desagregação dentro da própria conjuntura paranaense, constatou-se, através do dia-a-dia das publicações dos jornais do Paraná de 1871 a 1888, que as relações entre os senhores e seus escravos não foram pacíficas, apesar de alguns escravos, geralmente, domésticos, terem preferido entregar-se à passividade e a acomodação. A reação & situação de cativos, expressa de Várias maneiras, e a repressão por ela suscitada foram uma constante durante todo o período, marcado pela violência, pelo medo e pelo rancor tanto por parte dos escravos como dos seus senhores. Se muitos escravos sujeitavam-se à autoridade e à força era porque não tinham alternativa, mas sua reslstência, fosse ela contínua ou esporádica, aberta ou dissimulada, esteve sempre presente e representou motivo de preocupação constante para os proprletários. Este trabalho, baseado na informação contida na imprensa periódica, a exemplo de outros já realizados com outro tipo de documentação, propõe uma revisão da idéia geralmente difundida da benevolência dos senhores para com os escravos.