Avaliação do perfil de uso de antimicrobianos em uma unidade de terapia intensiva após implementação do Programa Stewardship

Objetivos: Avaliar o perfil de uso de antimicrobianos na unidade de terapia intensiva (UTI), após implementação do Antimicrobial Stewardship Program (ASP). Métodos: estudo do tipo antes e depois da implementação do programa, realizado de janeiro a dezembro de 2018, envolvendo pacientes com mais de...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Valéria S. BEZERRA, Danilo C. BEDOR, Danillo E. OLIVEIRA, Renatha D. SILVA, Geraldo M. GOMES, Anderson L. LAVOR, Letícia C. ARAÚJO, Diana M. GUERRA, Vanessa X. BARBOSA, Davi P. SANTANA
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde 2021
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/f39c0f265506453996a15a3c27011395
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Descripción
Sumario:Objetivos: Avaliar o perfil de uso de antimicrobianos na unidade de terapia intensiva (UTI), após implementação do Antimicrobial Stewardship Program (ASP). Métodos: estudo do tipo antes e depois da implementação do programa, realizado de janeiro a dezembro de 2018, envolvendo pacientes com mais de 18 anos, que estiveram internados na UTI, com solicitação de análise microbiológica para apoio diagnóstico de infecção presumida ou confirmada e em uso de antimicrobianos. Foram comparados os resultados dos períodos anterior e posterior à implantação do ASP (1º semestre/2018 versus 2º semestre/2018). Os dados secundários foram obtidos por meio de prontuários e software da unidade de estudo. Foi feita a caracterização da distribuição dos pacientes e monitoradas as variáveis: DDD/1000 pacientes-dia, internados na UTI, número de solicitações de tratamento, média de uso de antimicrobianos por paciente e proporção do consumo de antibióticos, obedecendo à categorização AWaRe. Para análise estatística, foram utilizados os testes t-Student com variâncias desiguais, t-Student com variâncias iguais e teste Mann-Whitney. Resultados: No total, 461 pacientes foram incluídos no estudo. Observou-se que o meropenem foi o antimicrobiano com maior DDD/1000 pacientes-dia em ambos os semestres avaliados (696,67 ± 120,95 versus 481,08 ± 145,23), seguido da vancomicina (316,50 ± 59,89 versus 311,71 ± 89,52). No período pós-intervenção do ASP, houve redução significativa da DDD/1000 pacientes-dia para os antibióticos Meropenem (p = 0,020) e Polimixina B (p = 0,007) e aumento para Piperacilina/Tazobactam. Observou-se um total de 1.605 solicitações de tratamento antimicrobiano em 2018, com redução significativa após intervenção do ASP (147,50 ± 16,63 versus 120,00 ± 18,34, p = 0,022). Considerando a classificação AWaRe, os antibióticos mais utilizados em 2018, em ambos os semestres, corresponderam aos de “Vigilância” (64%), seguidos dos classificados como “Reserva” (21%) e por fim, os de “Acesso” (15%). Conclusões: os resultados apontaram a redução do uso de antimicrobianos, especialmente de antibióticos de amplo espectro, após a intervenção do ASP, o que era esperado, visto que esta é uma ferramenta importante no manejo da terapia antimicrobiana em pacientes acometidos por infecção em unidade de cuidados críticos.