Análise do Funcionamento do Registro Hospitalar de Câncer em Três Cidades do Nordeste Brasileiro

Introdução: O Registro Hospitalar de Câncer (RHC) é indispensável para identificação e monitoramento da morbimortalidade por câncer em nível hospitalar, mas pouco se conhece das condições de funcionamento desses registros no Brasil, principalmente aqueles da rede pública de saúde. Objetivo: Avaliar...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Lucia Reis do Nascimento, Sandra Valongueiro Alves
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) 2011
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/f7bcaeb4bae443bf91a0298e74bada77
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Descripción
Sumario:Introdução: O Registro Hospitalar de Câncer (RHC) é indispensável para identificação e monitoramento da morbimortalidade por câncer em nível hospitalar, mas pouco se conhece das condições de funcionamento desses registros no Brasil, principalmente aqueles da rede pública de saúde. Objetivo: Avaliar o funcionamento dos RHC em três Centros de Atenção Oncológica no nordeste brasileiro, através da análise de estrutura e processo e a influência dos aspectos contextuais no funcionamento desses registros. Método: Trata-se de um estudo de casos múltiplos, exploratório, utilizando-se um modelo lógico e uma matriz de indicadores, através da observação direta e entrevistas com os integrantes dos registros e com os diretores dessas instituições. Resultados: Os três RHC apresentavam diversos pontos que comprometiam seu funcionamento, relacionados à estrutura e ao processo. Na dimensão estrutura, os registros funcionavam em espaço físico compartilhado com outras atividades. Um registro dispunha de funcionários e equipamentos exclusivos e nenhum tinha rotinas internas escritas, registro das atividades e Comissão Assessora instalada. Foram relatadas a falta de apoio das coordenações estaduais, da coordenação local, da informática, além da ausência de recursos financeiros destinados à sua manutenção. Na dimensão processo, a verificação de inconsistências na coleta e digitação dos dados não era realizada, as equipes não conheciam a cobertura dos registros e não havia publicação ou utilização das informações dos RHC no planejamento dos hospitais. Conclusão: O funcionamento dos RHC foi incipiente, mostrando a necessidade de incluir a situação desses registros na discussão de estratégias para melhoria da qualidade da informação no controle do câncer.