Aneuploidias cromossômicas em câncer da bexiga, cistite crônica e urotélio normal detectadas por hibridizaçao in situ fluorescente

O presente trabalho investigou a ocorrência de anomalias cromossômicas numéricas em lesões da bexiga que possam auxiliar no diagnóstico precoce. A técnica de Hibridação in situ Fluorescente (FISH) foi aplicada para identificar tais anomalias nos cromossomos 7, 9 e 17 em núcleos interfásicos de 14 a...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Lucimari Bizari Di Cézar, José Carlos Mesquita, Eliseu Denadai, Ana Elizabete Silva
Formato: article
Lenguaje:EN
PT
Publicado: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) 2002
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/f9246cbed4c3424abc95a3974622acd9
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Sumario:O presente trabalho investigou a ocorrência de anomalias cromossômicas numéricas em lesões da bexiga que possam auxiliar no diagnóstico precoce. A técnica de Hibridação in situ Fluorescente (FISH) foi aplicada para identificar tais anomalias nos cromossomos 7, 9 e 17 em núcleos interfásicos de 14 amostras de tumores da bexiga frescos (13 carcinomas de células transicionais, TCC, e 1 carcinoma anaplásico indiferenciado, UAC), e 5 amostras derivadas de pacientes com TCC (2 cistites crônicas e 3 biopsias de urotélio macroscopicamente normais). As anomalias mais freqüentes nos tumores malignos da bexiga foram trissomia/tetrassomia 7 (6/14=43%), trissomia/tetrassomia 17 (7/14=50%) e monossomia 9 (4/14=29%). As duas amostras de cistites crônicas apresentaram monossomia 9, uma das amostras de urotélio macroscopicamente normal exibiu resultado semelhante (polissomia 7, 9 e 17) ao do tecido tumoral correspondente. Dois carcinomas, um grau IV invasivo (TCC13) e um primário invasivo (UAC14), exibiram trissomia e tetrassomia 7, 9 e 17 sugerindo a ocorrência de poliploidia. Tais resultados reforçam o envolvimento dos cromossomos 7, 9 e 17 na carcinogênese urotelial. As alterações dos cromossomos 7 e 9 estão relacionadas com os processo de iniciação e do cromossomo 17 com progressão e recorrência tumoral. Os resultados também suportam a hipótese de que as cistites crônicas e o urotélio normal de pacientes com carcinoma de bexiga podem conter anormalidades cromossômicas importantes, que podem predizer risco para progressão e recorrência tumoral. Assim, a técnica de FISH pode ser uma ferramenta útil para o diagnóstico precoce, em pacientes com risco de desenvolver a doença e acompanhamento em casos de recorrência e metástases.