Os Sertões de Euclides da Cunha: a intervenção de uma "tecnografia" intermidiática e multimodal

Os Sertões de Euclides da Cunha são um projeto intermidiático e multimodal. Sua "tecnografia própria", como Euclides a projeta em carta a José Veríssimo, "corporifica-se" numa "transgressão de gêneros" (cf. Haroldo de Campos), e requer o uso de mapas e fotografias. Com...

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Auteurs principaux: Ana Luiza Fernandes, João Queiroz
Format: article
Langue:EN
ES
PT
Publié: Imprensa da Universidade de Coimbra 2021
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Accès en ligne:https://doaj.org/article/fb11e198ebee40629f90d9969cbbc0da
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Résumé:Os Sertões de Euclides da Cunha são um projeto intermidiático e multimodal. Sua "tecnografia própria", como Euclides a projeta em carta a José Veríssimo, "corporifica-se" numa "transgressão de gêneros" (cf. Haroldo de Campos), e requer o uso de mapas e fotografias. Como fotolivro de literatura brasileira, trata-se de nosso mais notável experimento de "literatura expandida", híbrida. Há, em Os Sertões, ao menos dois níveis de descrição que não devem ser confundidos nas análises. Sua macroestrutura, concebida como um projeto intermidiático, que intercala, ao longo de mais de 600 páginas, imagens de cartógrafos-engenheiros, e fotos do acervo de Flávio de Barros. Essa arquitetura depende da microestrutura de interação local texto-imagem, uma propriedade que chamamos de co-localização. Nosso foco, neste artigo, concentra-se na macroestrutura da obra. Cinco edições foram diretamente comparadas (1902, 1903, 1905, 1933, 2016).