Transformando olhares sobre a infância: fenomenologia e arte na pesquisa com crianças

Resumo: O artigo tem como objetivo discutir a metodologia de pesquisa-intervenção de um projeto fundamentado interdisciplinarmente na fenomenologia, Gestalt-terapia e arte, apresentando o recorte de uma pesquisa que problematizou o adultocentrismo na compreensão da infância em favelas. Partindo dos...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Reis,Brunara Batista, Alvim,Mônica Botelho
Lenguaje:Portuguese
Publicado: Universidad de Chile. Facultad de Ciencias Sociales. Departamento de Psicología 2021
Materias:
Acceso en línea:http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0719-05812021000100081
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Sumario:Resumo: O artigo tem como objetivo discutir a metodologia de pesquisa-intervenção de um projeto fundamentado interdisciplinarmente na fenomenologia, Gestalt-terapia e arte, apresentando o recorte de uma pesquisa que problematizou o adultocentrismo na compreensão da infância em favelas. Partindo dos trabalhos de Merleau-Ponty sobre infância, compreendemos a criança como ser-no-mundo, que percebe e dialoga corporalmente como outro e vivência tempo, espaço e corpo de modo singular. Nossa metodologia propôs uma ação-pesquisa voltada à experiência mesma da criança, orientada pela questão “Como é ser criança na Mangueira?”. Realizando oficinas de experimentações artísticas e brincadeiras em grupo, pudemos construir um espaço de diálogo que acolhesse a especificidade dos modos de existência infantis. Os resultados são discutidos a partir de vinhetas recortadas dos diários de campo, concluindo que o exercício lúdico motiva a participação, tornando a criança uma “pesquisadora” e permite ao pesquisador resgatar um “corpo infantil” e dialogar com a criança aberto à imaginação e ao modo peculiar de experienciar o espaço-tempo. A percepção de que o adultocentrismo se mostrava no fundo dos gestos dos pesquisadores foi um importante elemento para reafirmar a necessidade de atenção ao problema e a adequabilidade da perspectiva metodológica de valorização do corpo e da expressão não-verbal.