O EFÊMERO NOS SUBÚRBIOS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: MICROPRÁTICAS DE RESISTÊNCIA

RESUMO: Este artigo apresenta situações de natureza efêmera adotadas na apropriação do espaço público de Olaria, Ramos e Bonsucesso, subúrbios da cidade do Rio de Janeiro. Essas situações revelaram-se no âmbito do ensino do projeto urbano no curso de arquitetura e urbanismo, motivado pela preocupaçã...

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Autor principal: Gonçalves Lysandro de A.,María Paula
Lenguaje:Portuguese
Publicado: Universidad del Bío-Bío. Facultad de Arquitectura, Construcción y Diseño. 2020
Materias:
Acceso en línea:http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0719-64662020000100128
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Sumario:RESUMO: Este artigo apresenta situações de natureza efêmera adotadas na apropriação do espaço público de Olaria, Ramos e Bonsucesso, subúrbios da cidade do Rio de Janeiro. Essas situações revelaram-se no âmbito do ensino do projeto urbano no curso de arquitetura e urbanismo, motivado pela preocupação com uma atuação condizente com as complexidades da cidade contemporânea. Nossa abordagem investigativa partiu da análise espacial na escala microlocal que melhor permite observar efeitos da forma urbana para aqueles que a vivenciam diariamente, considerando a relação entre materialidades e eventos cotidianos. O conceito da singularidade compreendido como potência resultante da inventividade ao se adaptar à condição urbana dominada por processos hegemônicos, criadora de diversidade no ambiente urbano e permanência de agentes locais no lugar, serviu de suporte teórico à pesquisa. Por apresentarem-se múltiplas situações singulares efêmeras, incorporamos ao quadro teórico-metodológico, o conceito de arquitetura efêmera entendida (assim como o efêmero) como espacialidade transitória, orgânica e flexível, envolvendo baixos recursos financeiros e humanos, e ações vindas “de baixo para cima”, mas (distintamente deste) igualmente como concepção capaz de gerar qualidade ambiental e urbana. Comparadas a exemplos estudados de ‘micropráticas’, avaliamos haver uma distinção nas situações efêmeras dos subúrbios cariocas, por abarcarem uma dimensão econômica e social. Esta condição abre uma perspectiva para a arquitetura efêmera colaborar na inclusão socioespacial urbana. Há desafios a enfrentar incluindo a dificuldade do desenho urbano em lidar com a informalidade, a vulnerabilidade social, a degradação ambiental e paisagística, a infraestrutura precária. Neste sentido, há que considerar: criar um sistema de regras de desenho associadas coletivamente ao projeto para orientar a apropriação espacial; ordenar o uso do espaço público por atividades do âmbito privado e o compartilhamento de práticas do trabalho com os fluxos da circulação; além da adoção de soluções para temporalidades diferenciadas representadas por uma reinstalação diária de dispositivos.